Em 2021, por conta da alta demanda de alunos, com a reabertura pós-pandemia da Covid-19 resolvemos abrir vagas para ocupar um espaço de aulas que possuímos em casa, na Zona Sul. Começamos o ano avaliando como as coisas procederam no ano anterior. Tivemos um ano muito promissor quando se trata da vida online. Em outros aspectos, tentamos inovar e trazer novas possibilidades, tentando de forma híbrida abrir vagas para alunos para aulas presenciais. Estudamos e organizamos vídeos, textos e postagens bastante interessantes e assim, podemos dizer que a fluência de nossos conteúdos se manteve regular e extensa mesmo com as aulas presenciais.
Depois desse processo, o modelo híbrido (1 aula presencial e demais online) se tornou inteiramente presencial. Mantivemos nossa demanda online, mas abrimos ainda mais espaço para novos alunos no modo presencial. Por razões de força maior, fomos obrigados a nos mudar. Dentro dessa circunstância, optamos por ir para um lugar maior para comportar ainda mais alunos presenciais. No entanto, alguns alunos presenciais passaram a ser online, pois entendendo que haveria a possibilidade por conta da nossa mudança para a Zona Oeste do Rio de Janeiro, mudaram a modalidade de suas aulas para não interromper o curso. Passando os meses, percebemos que as demandas para aulas presenciais no novo local foram menores do que esperávamos. Apesar da tentativa, entendemos que deveríamos dar novamente um passo atrás quando as demandas para aulas presenciais estavam reduzidas. Voltamos a manter a prioridade para aulas online e para os conteúdos (aulas, vídeos, cards e outros materiais) nos nossos canais. As questões que envolvem um local disponibilizado para aulas presenciais começaram a se sobressair. Manutenção, ligações e disposição de informações obtiveram grandes demandas que vão além dos conteúdos online e das próprias aulas. Por outro lado, questões relacionadas à uma mudança inesperada fez com que fosse necessária uma nova adequação do espaço. Nesse processo, tomamos a decisão de limitar as vagas online e fechar as vagas para as aulas presenciais. Fechamos o local das aulas permanentemente. Vamos abrir novas vagas online, mas não há previsão para uma abertura de aulas presenciais em 2023, podendo talvez abrir exceções. A verdade é que nada mudou nos nossos cursos, mas trataremos de abrir novas possibilidades. A questão é que achamos por bem manter as aulas online dos instrumentos que tratamos de disponibilizar: piano, teclado, violão, violino, violoncelo e acordeon. Além disso pretendemos disponibilizar novas vagas para aulas teóricas. As aulas disponíveis podem atender pessoas de qualquer lugar do Brasil. Entre em contato para saber mais! Enquanto isso, passe nas nossa redes sociais (Facebook e Instagram), inscreva-se no nosso canal do youtube e dê uma olhada nos nossos novos materiais!
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A escrita musical e harmônica possui uma série de convenções. Não há como entrar na discussão, nesse caso em específico, do quanto a partitura e os símbolos que nelas são inclusos podem ser considerado a música em si. Não vamos entrar nessa discussão, pois aqui trataremos exatamente de um dos aspectos da escrita musical, a cifragem. . É necessário destacar que para entender mais sobre estas convenções deve-se ter o conhecimento prévio da teoria musical, da cifragem básica e da estruturação dos acordes. Neste texto, que é complemento para uma série de vídeos em nosso canal sobre cifragem, traremos um resumo e complementações, além de trazer as referências bibliográficas. 1. Songbooks de Almir ChediakSongbooks de Almir Chediak são bastante renomados. Há alguns anos este tipo de livro vêm tratando exclusivamente sobre gêneros de música brasileira como a bossa nova, a mpb ou o forró de Luiz Gonzaga. Como se tornou muito difundido, o tipo de cifragem usada nesses volumes consolidaram as convenções desse tipo de escrita. Em um dos exemplos de partitura cifrada presente no Songbook Tom Jobim e Vinícius de Moraes vol.1, traremos a partitura cifrada Água de Beber (Vinícius de Moraes e Tom Jobim), para demonstrar alguns exemplos. No exemplo, trouxemos as convenções referentes à escrita da cifragem padrão dos Songbooks de Almir Chediak. Entre os elementos de destaque nessa partitura cifrada encontramos:
II - 5ª no baixo: Em7(9)/B III - 7ª no baixo: Bm/A
II - É comum que se adicione a nona como em C#7(9). Deve-se entender que esta nota corresponde ao intervalo composto de 2ª. III - Existe a possibilidade de se usar duas notas ornamentais ao mesmo tempo. Quando podemos ter a 6ª e a 9ª no mesmo acorde, como em D69, por exemplo. IV - Também é comum que se adicione a 11ª, que corresponde ao intervalo de 4ª composta, como no exemplo F#m7(b511).
2. The Real BookO The Real Book já possui as cifras no sistema americano de cifragem. É recomendado que você já possua conhecimento de termos musicais em inglês para interpretá-lo. Apesar disso, é possível que, por dedução, sejam encontradas algumas normas parecidas com o português. O The Real Book é um livro direcionado à difusão de partituras cifradas de jazz, tendo assim, uma escrita com particularidades de alguns elementos e cifragens característicos. O primeiro passo é identificar quando o acorde é maior ou menor. Abaixo, trouxemos um exemplo da cifragem da música All of me de Steve Wonder para comparar com as cifragens usadas no exemplo anterior. Em All of me vemos acordes convencionais: maiores, menores e com 7ª, que também são requisitos básicos da cifragem:
Em Ana Maria de Wayne Shorter, temos alguns acordes mais elaborados que são originários de outros modos ou ter uma função dominante, sem necessariamente pertencer ao modo ou ao campo harmônico trabalhado em determinada música. Inclusive, deve-se notar que este exemplo se apresenta no modo frígio que transitam pela harmonia de outros modos como o lídio, maior ou menor, ou ainda, possuem alguma função de dominante ou substituta desta. Apesar da especificidade o uso do The Real Book no jazz, alguns elementos permanecem similares ao que vimos na cifragem usada nos Songbooks de Almir Chediak. No caso da inversão dos acordes sublinhados em verde, podemos facilmente compreender a similaridade, como no C-7 /G. O que se destaca neste exemplo é o uso de acordes modais indicados. Portanto:
3. Songbooks do Lô BorgesTrouxemos este exemplo do Songbook do Lô Borges em particular para demonstrar ao tipo de cifragem padrão usada e alguns acordes com notas ornamentais, independentemente de serem maiores ou menores.
4. Songbook da FunarteMuito parecido com o Songbook de Almir Chediak, o Songbook da Funarte traz canções da MPB com a melodia em partitura e a harmonia cifrada com partitura para voz. Neste exemplo, na música Onde a gente está (Lô Borges e Márcio Borges) destacaremos acordes com notas ornamentais alteradas.
5. Outras cifragensAlém das cifragens exemplificadas através de Songbooks e do The Real Book, existem alguns símbolos adicionais que podem aparecer. Aqui usaremos uma música de Hermeto Pascoal como exemplo de uso prevalente de sinais que apareceram menos nas explicações anteriores. A. Sinal de mais (+) em oposição ao de menos (–) I - Usa-se o sinal de + para delimitar alteração ascendente. Por exemplo:
II - Usa-se sinal de menos ( – ) para delimitar alteração descendente. Por exemplo:
III. Este símbolo poderá aparecer do lado direito ou esquerdo do número, no caso da identificação das 7ª: C-7 ou C7-. B. Uso do # para indicar alteração em outros pontos do acorde: I - Encontramos o sustenido (#) para delimitar que uma sétima é maior: C7#II; II - é possível que apareça para especificar que uma 5ª é aumentada: C7(#5); III - Este símbolo poderá aparecer do lado direito ou esquerdo do número: C#7 ou C7#. C. Abreviação do termo para delimitar acordes aumentados ou diminutos e outros símbolos: I - Pode-se encontrar uma acorde C° sendo escrito como C dim; II - Pode-se encontrar um acorde C+ escrito como C aum; III - Também pode ser visto acordes com 7ª diminuta escritos: C7° , C7dim; IV - Encontra-se acordes com 5ª diminuta escritos: C7(5°) , C7(5dim). 6. ConclusãoHá, entre os exemplos apresentados, várias maneiras de cifrar um acorde. Somente alguns detalhes podem ser considerados diferenciais ou divergentes. Desde a escrita mais simples à mais complexa, encontramos as letras maiúsculas como ponto em comum para a delimitar acordes maiores, menores, aumentados ou diminutos. No entanto, entre a cifragem americana, do The Real Book, e a brasileira, dos vários Songbooks (Chediak, Lô Borges ou Funarte), encontramos mais ou menos uma cifragem comum. A escrita do jazz, em específico, é a que se mostra mais variedade entre as músicas disponíveis. Entretanto, o padrão brasileiro de cifragem se mostra específico de acordo com gênero musical apresentado. Cada gênero possui uma escrita típica, mas ainda assim, preserva padronizações gerais. Com exceção do exemplo apresentado da música de Hermeto Pascoal, que é diferente dos exemplos anteriores, todas as possibilidades de escrita de Songbooks e do The Real Book são assimiláveis. No Caso de Hermeto Pascoal, temos elementos e maneiras particulares que diferem da escrita padrão. A transcrição de sua música para um exemplo editado foi remodelada para caber nesse formato. Os manuscritos são escritos de forma bastante complexa. Alguns parâmetros usados por ele não são reconhecidos no editor de partitura usado para a reprodução da música que, originalmente estava manuscrita. Por razões de convenção, fomos obrigados a adequar a escrita para o mais legível possível, preservando o máximo a escrita do compositor que se mostra um pouco diferente das demais referências apresentadas. As convenções aqui mencionadas estão fundamentadas numa grande referência bibliográfica. Dentro disso, pode ser que outras possibilidades e símbolos de escrita foram deixadas de lado. Caso você conheça algo que ficou de fora, mande um e-mail para a gente! 7. Referências
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