O carnaval, inicialmente na Corte Imperial no Brasil, se inicia como uma comemoração cristão-católica de origem portuguesa. Nesse sentido, africanos livres e escravizados encontraram aí, entre as várias datas comemorativas do calendário católico, uma fresta para manifestar sua cultura. Existem relatos de que nas primeiras cidades colonizadas no nordeste do Brasil, como Salvador, por exemplo, africanos escravizados, libertos ou forros eram vistos tocando seus instrumentos tradicionais de suas culturas originais. Com roupas típicas apareciam em grupos cantando e dançando durante as festas populares nas cidades e povoados associados aos festejos nacionais. No repertório do desfile entoavam cantigas tradicionais no idioma de sua terra natal, ainda que estes grupos tenham sido compostos de povos africanos heterogêneos. Este povo foi denominado na Bahia por Cacumby e nas demais localidades, de Congos. Apesar disso, no Rio de Janeiro também houve um povo com a mesma denominação, os Cacumbi. No entanto, estes eram diferentes, ficaram aqui conhecidos como um grupo que se organizava durante o carnaval cantando e dançando suas músicas à moda africana demonstrando, assim, uma etnia específica na década de 1880. Essa ação coletiva foi chamada por Congos e Congadas. Em sua organização, temos algo muito similar à maneira a qual as Escolas de Samba recentes se relacionam com a sociedade. Temos aqui um grupo carnavalesco que pode ser considerado, segundo pesquisadores africanistas, antecessores das então Escolas de Samba que conhecemos. É no final do século XIX, que passamos a obter os desfiles de carnaval cada vez mais presentes organizados nas ruas pelos Cacumby. Caracteristicamente estas festas, que aconteciam nas ruas, continham um forte teor da cultura africana dos variados povos que aqui foram escravizados. Toda esta manifestação carnavalesca foi registrada na iconografia e na imprensa da época. Com desenhistas majoritariamente franceses, obtivemos diversos registros de desenhos com essa temática que retrataram a Corte do Rio de Janeiro. Entre os povos que circulavam nesses festejos tínhamos os kakondo, os kimbundo, os ovimbundo também “conhecidos como Mbundu do Sul, um grupo étnico bantu que vive no planalto de Bié, no centro de Angola e na faixa costeira dessas terras altas” e os moçambicanos. Apesar desses festejos carnavalescos reunirem povos africanos de diferentes regiões e tornar este grupo de pessoas bastante heterogêneo, esses povos, que possuíam ligação com um idioma genérico de grupos da etnia bantu, conseguiam se comunicar e organizar-se. Este carnaval puramente negro e africano passou a deixar de existir pelos idos de 1888, exatamente com a abolição. Nos anos de 1904 há a plena destruição da cultura africana tradicional no Rio de Janeiro. As reformas que ocorreram nos primeiros anos do século XX foram responsáveis pelo apagamento total. Essas festas que foram bastante presentes durante o século XIX foram substituídas pelo carnaval organizado pelas escolas de Samba. Que significa uma nova representação da africanidade e cultura dos povos negros remanescentes. O samba como trilha sonora do CarnavalNa década de 1920, incorporado como parte da identidade nacional (SILVA,2005, p.299), o carnaval passou a se tornar uma festa que agregava músicas de manifestações urbanas. Desse modo, encontramos a partir deste período um carnaval que passaria a não mais ser somente organizado e feito pelos negros descendentes de africanos. O brancos passariam a fazer parte desta comemoração, agora apropriada pela criação da identidade nacional. Ainda assim, foram vistas alguns gêneros tocados pelos povos negros do âmbito campestre, como as letras cantadas nos sambas-de-umbigada (COSTA, 2017, p.55). Existem estudiosos que apontam que o samba carnavalesco se originou de lundus, maxixes e modinhas que eram tocados e cantados nos centros urbanos do fim do século XIX. Os bailes realizados de maxixes e lundus eram chamados de Samba (COSTA, 2017, p.58). Aliado à gêneros híbridos como a polca-lundu e ao tango brasileiro, que na verdade se tratava do maxixe, tivemos o surgimento de outros gêneros, também bastante comuns como parte da música tocada já no Carnaval de rua, a Marchinha. Desse tempo, que na verdade descende da última década do século XIX, temos a primeira marchinha de carnaval por composta por Chiquinha Gonzaga, Oh abre alas!. Entre os vários elementos que compõem o carnaval temos o samba consolidado como gênero musical a partir da década de 1910. A consolidação do samba nos eventos carnavalescos se dá através dos primeiros sambistas que o levaram dos terreiros para as escolas de samba em paralelo com a marcha carnavalesca que predomina no carnaval de rua. Tendo então o samba-enredo que se torna a trilha sonora dos desfiles das escolas de samba e a marchinha de carnaval como trilha sonora do carnaval de bloco que se mantém até hoje. ReferênciasSANTO, Spírito. Música Africana na Corte Imperial do Brasil. https://publicacoes.degase.rj.gov.br/index.php/revistaau/article/view/188
BORBA, Tomás; GRAÇA, Fernando Lopes Graça. Dicionário de Música (Ilustrado), I – Z. Cosmos Editora. 1963. COSTA, Juliana Ripke da. Tópicas afro-brasileiras como tradição inventada na música brasileira do século XX. Tese de doutorado. Universidade de São Paulo. 2017. SILVA, “Salloma” Salomão Jovino da. Memórias sonoras da noite: musicalidades africanas no Brasil oitocentista. Tese de doutorado. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. 2005. Oh abre alas!, o hino carnavalesco. https://chiquinhagonzaga.com/wp/o-abre-alas-o-hino-carnavalesco
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A princípio, pode-se pensar que as artes plásticas e a música não têm relação direta, mas aqui trouxemos a ligação entre música e as artes plásticas. Pensamos o quanto interessante seria mostrar um pouco do viés das artes visuais brasileiras ao nosso público. Para isso, selecionamos alguns artistas que, de certa maneira, se associaram à música. Estes artistas foram selecionados por trazer suas visões sobre o ambiente musical brasileiro de suas épocas. Independente de ser realista, quanto às situações retratadas, a escolha de determinados temas em detrimento de outros, mostra o que existia e como era a música no campo e na cidade em seu tempo e localização geográfica. Dessa forma, foi feita uma seleção de 6 pintores brasileiros que, inicialmente, retrataram instrumentos musicais em suas obras. Elementos como o contexto urbano ou rural e momentos importantes, como cerimônias e a boemia, foram mostrados. Esse tema foi uma série de 6 episódios que foi ao ar no nosso canal do Youtube em 2021. Em conjunto, foram liberadas também uma série de postagens no Instagram com uma breve biografia de todos os pintores contendo as obras dos artistas aqui apresentados. Por isso, nesse texto, aprofundaremos as discussões dispostas na nova série de vídeos que passará a ter 3 episódios que serão disponíveis no nosso canal. Pedimos aos nossos leitores e leitoras que se imaginem numa exposição de arte com obras desses artistas plásticos. Pedimos que entrem atentos como nós e visitem as obras que serão disponibilizadas. Esse post é um olhar musical sobre as artes visuais presentes na nossa cultura porque arte visual também é memória. Almeida JuniorAlmeida Júnior é um conhecido pintor brasileiro da segunda metade do século XIX nascido em Itu, São Paulo. Estudou na Academia Imperial de Belas Artes no Rio de Janeiro e na Escola Nacional Superior de Belas-Artes em Paris. Em suas obras, são vistos temas que retratam o cotidiano do homem rural e a vida comum, quebrando paradigmas ao rejeitar o estilo acadêmico da época. As obrasAlmeida Júnior ficou conhecido por retratar cenas do cotidiano no campo e das pessoas comuns. Dos 3 quadros selecionados, apenas um deles é originalmente da fase dos retratos do cotidiano campestre. As outras duas obras mostram uma vivência metropolitana e burguesa. Retrata momentos comuns do âmbito familiar e os bastidores de um ateliê de pintura. A primeira pintura, de 1890, O Violeiro, foi a que trouxe fama a Almeida Júnior. Apesar disso, essa tendência só se consolida no final da sua vida. Quando examinamos atentamente essa tela, notamos que, nas mãos do homem da cena, há um instrumento musical que dá nome ao ofício do personagem dessa obra, a viola caipira. Um pintor como Almeida Júnior, que nasceu no interior de São Paulo, nos mostra que a viola era comum no ambiente do campo no final do século XIX. Uma vez que temos uma pintura realista, é possível que Almeida Junior tenha se dedicado à pintar acontecimentos presentes em seu entorno. Como coadjuvante temos uma mulher ao lado do violeiro. A ela resta o papel da contemplação. O pano em sua mão sugere que os trabalhos domésticos são por ela realizados. O outro quadro selecionado é o chamado Cena de Família de Alberto Augusto Pinto, de 1876. Temos na cena retratada uma família burguesa de classe média em que encontramos instrumentos vistos como artigos decorativos. Nenhuma das pessoas presentes neste quadro está tocando um instrumento. Há um piano no fundo e ao seu lado, um violoncelo que também aparece como parte decorativa. Podemos observar que, tanto o piano quanto o violoncelo, são retratados numa cena cotidiana burguesa e não numa cena campestre. Isto nos diz muito mais sobre o contexto e sobre a visão que se teria naquele período. No século XIX, um pintor ao retratar um violoncelo e um piano em seus contextos comuns, demonstra que estes são instrumentos extremamente ligados a cultura europeia burguesa. Podemos enxergar, ao mesmo tempo, em primeiro plano, o pai da família, o patriarca, o provedor e os instrumentos como artigos decorativos de luxo, vistos em segundo plano. Além de cinco crianças, em plano médio, temos uma mulher ao fundo. Essa mulher está no canto esquerdo, colocada numa espécie de terceiro plano. Com um pano na mão, a mulher parece prender a atenção de uma das crianças ao seu lado, uma menina. Inclusive, parece que a menina aprende algo com a mulher. É possível identificar também que, as demais crianças da cena são meninos, que aparecem em segundo plano em oposição ao patriarca que está em destaque. A próxima pintura, de 1872, é intitulada O descanso da modelo. Temos um pintor olhando para o lado onde se encontra sua modelo. Essa moça, parece em pausa das poses para a pintura. É interessante o fato de Almeida Junior retratar uma espécie de bastidor de um atelier. Parece até que ele pretendia mostrar o outro lado do ofício de artista plástico, o homem por trás da cena. Chama a atenção, no centro da cena, que a mulher está despida de costas, sentada, com as mãos apoiadas no piano. No entanto, apesar da moça quase nua, temos um pintor que compartilha o ângulo. O piano, nessa cena, também está ali, como na pintura anterior, no papel de um acessório. Em todas as vezes em que um piano apareceu nas obras de Almeida Júnior, pelo menos nas selecionadas, ninguém o está tocando. Isto é, mais uma vez, um reforço de que um instrumento como piano era tratado como artigo de luxo. Além do piano, encontramos um alaúde que quase passa desapercebido na cena. A modelo e toda a composição ofusca qualquer outro detalhe. É preciso que se olhe atentamente para enxergar este instrumento posicionado discretamente ao fundo. Anita MalfattiNascida na cidade de São Paulo, Anita Malfatti estudou artes e pintura em Berlim, Alemanha. Também estudou na Academia Imperial de Belas Artes, no Rio de Janeiro, na “Arts Students League of New York” e na “Independent School of Art”, em Nova York. Uma exposição sua, que a lançou oficialmente entre os artistas plásticos brasileiros, foi o marco para o movimento modernista. As obrasAs pinturas de Anita Malfatti demonstram sua atenção sobre as comemorações e situações que circundavam a vida no campo. Declaradamente modernista, retratou momentos festivos e do cotidiano. Em suas pinturas são encontradas muitas cenas de dança: tanto grupos de pessoas dançando quanto instrumentistas dedicados à execução da música. Na tela Casamento caipira, de 1940, temos claramente um casal de noivos ao centro e um trio de instrumentos à direita. Nessa formação instrumental, encontramos a viola caipira ou violão, sanfona e triângulo. Um claro conjunto típico da música caipira do interior de São Paulo é considerado, de certa maneira, pertencente ao universo do campo, como a sanfona e o violão ou a viola caipira. Em outra pintura, intitulada Dança rural, de 1942, nós temos uma moça dançando no centro e dois instrumentistas a sua volta. Do lado direito um flautista e do lado esquerdo um violonista. Na obra Festa caipira, de 1940, encontramos um violeiro em primeiro plano na cena. Ao redor da fogueira, o violeiro é visto ao lado de uma mulher que não dança, apenas contemplam o fogo. Mais ao fundo, algumas crianças e um homem estão ao redor da soltura de um balão. Nas pinturas de Anita Malfatti é comum encontrar um violeiro. Ocasionalmente, encontramos outros instrumentos. A temática por ela escolhida vai além de retratos da burguesia. Ela tinha olhares para o povo do interior. O que acontecia no campo, para ela, merecia muito mais ser retratado do que os elementos da metrópole. Como modernista, ela é um dos seus maiores expoentes. Cândido PortinariNascido na cidade de Brodowski em São Paulo, Portinari estudou na Escola Nacional de Belas Artes no Rio de Janeiro, mas morou em Paris e outras cidades na Europa. Ao retornar de sua estadia no velho mundo, muda sua estética. Em seus trabalhos surgem mais cores, além do abandono dos conceitos de volume e tridimensionalidade. Portinari era também um adepto do movimento modernista. As obrasNotoriamente, Portinari foi ricamente influenciado por suas experiências da Europa. Dessa forma, mostraremos quadros de sua fase antes da viagem à Europa e obras que remontam seu retorno ao Brasil. Visivelmente são duas fazes distintas. Portanto, as obras de 1924 são de antes da Europa. Já as de 1925 em diante são as de seu retorno, o que demonstra algumas tendências recém adquiridas em sua estética. Mostraremos as obras de Portinari de acordo com a temática apresenta: Retrato do campo e Retrato da Boemia. Retrato do campoPor sua temática, a obra Baile na roça, de 1924, se aproxima dos quadros de Almeida Júnior. Aqui, Portinari também retrata a figura de camponeses postos em um baile que é acompanho pelo som de uma sanfona, um instrumento tipicamente usado no contexto campestre. Vale destacar que, mais uma vez, como nos quadros dos pintores já mencionados, podemos enxergar um homem como instrumentista. Às mulheres, nesse contexto, há somente a incumbência da dança acompanhada. O instrumentista aparece em segundo plano. Pensando na provável região da cena, relacionado ao local de nascimento de Portinari com as roupas e dos costumes, nós estamos falando de uma sanfona de oito baixos. Esta parece ser uma sanfona de tipo menor, usada para tocar a música típica da região sudeste. Retrato da boemiaApesar deste quadro de uma cena campestre, Portinari é um pintor que possui muito mais obras que mostram instrumentistas da vida boêmia do Rio de Janeiro. Enquanto um artista que tinha conexão direta com o movimento modernista, Portinari retratou momentos ligados à noite carioca. Um demonstrativo é que colocou em suas pinturas títulos de estilos musicais ou até mesmo funções de músicos em seu ambiente. Em uma pintura de 1925, vemos o nome Serenata. Na cena destacada, temos três homens boêmios com as vestimentas do período: chapéu panamá, ternos bem cortados de cor clara e sapatos bicolor. Entre os instrumentistas um clarinetista, um flautista e um violonista. No caso dessas pinturas é possível afirmar que, devido ao tipo de formação instrumental, temos o que seria um violão e não uma viola caipira porque claramente Portinari se via num contexto urbano. Em Chorinho, de 1925, Portinari traz um título que é um estilo musical. Entre os instrumentos encontramos um clarinete, um trompete, um pandeiro e um violão. Vale destacar que o violão é um instrumento típico do choro. Numa de suas mais famosas pinturas temos um homem negro sozinho tocando. Nessa obra, de 1924, também encontramos em seu título nome dado à uma pessoa que toca flauta: O flautista. Nesse quadro encontramos no centro somente um personagem no ângulo central destacando a flauta em suas mãos. Ao fundo encontramos uma mulher que de longe observa. Portinari, na minha opinião, é um dos pintores que mais retratou o seu envolvimento com o universo musical. Nesse ponto, em sua ilustração Frevo, um mural para a Revista O Cruzeiro, Portinari retrata dançarinos de frevo e um instrumentista de sopro. Esse instrumento possui uma construção ambígua. No entanto, quando se trata de instrumentos típicos, o instrumento retratado pode ser alusão a um trompete. Nas pinturas de Portinari com títulos relacionados ao universo musical não foi dado espaço às mulheres. Somente homens são vistos na posição de instrumentistas. Di CavalcantiNascido na cidade do Rio de Janeiro, Di Cavalcanti estudou artes na infância com o pintor Gaspar Puga Garcia. Apesar de ter se consagrado como artista plástico, Di Cavalcanti, estudou na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Não exerceu a profissão, pois se consolidou como ilustrador e artista plástico. Foi um dos idealizadores e representantes da Semana de Arte Moderna. Obras destruídasEm acontecimentos recentes Di Cavalcanti teve algumas de suas obras disponíveis no Palácio do Planalto depredadas durante os atos antidemocráticos. Coordenados pela extrema direita no dia 08/09/2023, o Palácio da Planalto foi invadido e destruído demonstrando total falta de respeito à história, a arte e à cultura brasileira. Uma verdadeira crise, estes ataques de ignorância foram organizados por um contingente de políticos, empresários e pessoas reacionárias que e dedicaram a destruir um dos símbolos do patrimônio artístico e cultural nacional. Lamentável. As obrasDi Cavalcanti, não só retratou instrumentos musicais, como ele dá às suas obras o nome de estilos musicais ou de funções destinadas à instrumentistas. Por exemplo, em sua pintura Músicos, de 1954, temos o que pode ser um saxofone e um clarinete ou uma flauta, talvez. Na tela Samba, de 1928, nós temos um violonista sendo admirado por duas mulheres. Em mural, disponível no Teatro João Caetano, mais ou menos dos anos 1930, encontramos o retrato de uma festa em que aparece uma mulher dançando, um pandeirista e um violonista. De forma geral, no caso de Di Cavalcante, é possível ver cenas de ambientes metropolitanos, da música urbana e, das festas feitas nas cidades. Como contrapartida às pinturas mostradas, opção ausente na primeira edição dos vídeos, trouxemos uma obra adicional. Para tratar de mulheres no ambiente musical, trouxemos a obra Moças com violões, de 1937. Di Cavalcanti traz uma versão em que os instrumentos estão nas mãos das mulheres. Visto enquanto um contraponto aos outros quadros aqui mencionados, trago a visão deste pintor sobre as mulheres que tocam. Juarez MachadoJuarez Machado é um pintor, escultor, desenhista, caricaturista, ilustrador e cartunista, nascido em Joinville, Santa Catarina. Começou a desenhar na infância, mas somente aos 20 anos foi estudar na Escola de Música e Belas Artes do Paraná. Foi chargista dos principais jornais do país retratando irreverência e bom humor. Suas criações são reconhecidas pelo leve surrealismo e pelas críticas sociais. As obrasConhecido por suas obras de caráter cômico, Juarez Machado expressa um ar bem humorado. Com uma estética em formato de caricatura, traz instrumentos musicais e os coloca diretamente ligados à dança. Caracteristicamente bem coloridas e sombrias, suas pinturas remontam as noites e a vida boêmia. Quando se pensa sobre os contextos dessas pinturas, encontramos um artista que retrata o movimento urbano. Na maior parte das vezes, se entrega ao cenário do tango e da dança de salão. Em geral, os instrumentos que aparecem estão nas mãos de instrumentistas. Curiosamente, a posição dos instrumentistas aparecem em plano de fundo com uma estética mais sombria e escura ou no centro da cena multicolorida. Por essa razão, é possível deduzir que a música é a coadjuvante. Os instrumentos musicais são uma espécie de componente para a trilha sonora praquela cena. Já em outras pinturas, o instrumentista e o instrumento estão em primeiro plano. Quando pensamos na variedade de instrumentos, vemos grande recorrência de instrumentos da família da sanfona: acordeom e o bandoneon, dois instrumentos associados ao tango. Encontramos saxofone, piano e a combinação do saxofone com o piano. Pudemos ver o piano ilustrado com todos os detalhes ou com uma discreta nuance que leva a entender que é um piano. Apesar de todos esses instrumentos, podemos concluir que a dança, é que acaba sendo a personagem principal. Por outro lado, também podemos encontrar o bambolim, o contrabaixo, a flauta e o violoncelo. De modo geral, na maioria das pinturas, é predominante a presença de instrumentistas do sexo masculino. As mulheres, retratadas por Juarez Machado, são quase sempre, mostradas como parceiras de dança. No caso do quadro Tango, a mulher divide o centro da cena com seu parceiro. Na pintura O canto do violoncelo, encontramos uma mulher no centro da cena. Temos a ideia de uma instrumentista, só que sua posição faz uma conexão entre a sensualidade e o instrumento. Nesse caso, apesar do violoncelo ocupar o primeiro plano, a mulher é parte importante na sugerida na performance. Como se o violoncelo fizesse o papel do poste das strippers fazendo alusão a sensualidade embutida. Damião MartinsNascido em Sapucaia no Rio de Janeiro, iniciou seus estudos em um curso técnico de desenho direcionado às artes plásticas. Autor de um estilo inspirado no movimento cubista, seus primeiros desenhos são de 1978. Seu estilo se mantêm de forma linear dentro de temas que vão desde as relações humanas passando por personagens fictícios inspirados na cultura francesa. Também encontramos vários retratos que mostram a vida no campo e os trabalhos braçais. As obrasAs pinturas de Damião Martins possuem uma estética purista bastante abstrata. Ao mesmo tempo, mostra diversos tipos de instrumentos musicais em contextos variados. Mistura situações não só urbanas, como mitológicas. São encontrados anjos, personagens como a Arlequina, a Colombina ou o Pierrot. Nas pinturas que trazem situações do cotidiano temos pessoas em momentos de lazer, como se o instrumento tivesse aliado à diversão, o entretenimento e à cultura. Temos uma grande quantidade de instrumentos retratados por Damião Martins. Existem cenas de dois, três ou mais instrumentos com formações diversas. Ao mesmo tempo, vários instrumentos têm uma ambiguidade, porque são retratados de maneira abstrata. Quando falamos de mulheres retratadas como instrumentistas, encontramos muitas possibilidades: três ou, às vezes, uma ou duas tocando. Apesar disso, quando contabilizamos a equidade de representação, ainda temos a maioria de homens como instrumentistas. Um resumoA variedade de instrumentistas tratados aqui demonstra que a maioria deles já não está mais na ativa, mas suas obras seguem eternizadas. Juarez Machado e Damião Martins ainda estão entre nós, enquanto Almeida Júnior era ativo na segunda metade do século XIX. Anita Malfatti, Di Cavalcanti e Portinari, foram ativos na primeira metade do século XX. Suas pinturas retratam momentos do cotidiano campestre ou urbano, como as de Anita Malfatti. Mostram a boemia como no caso de Portinari e Di Cavalcanti. No fundo, os trabalhos desses pintores são um pedaço da forma a qual eles enxergavam o seu tempo. ReferênciasAlmeida Junior. https://www.ebiografia.com/almeida_junior/
Anita Malfatti. https://www.todamateria.com.br/anita-malfatti/ Cândido Portinari. https://www.todamateria.com.br/candido-portinari/ Di Cavalcanti. https://www.todamateria.com.br/di-cavalcanti/ Juarez Machado. https://www.guiadasartes.com.br/juarez-machado/obras-e-biografia Damião Martins. http://damiaomartinspintor.blogspot.com/p/dados-do-artista Valor de artes destruídas é incalculável. https://www.poder360.com.br/governo/valor-de-artes-destruidas-e-incalculavel-diz-especialista/ Bolsonaristas destroem obras de Di Cavalcanti em invasão ao Planalto. https://www.metropoles.com/brasil/bolsonaristas-destroem-obra-de-di-cavalcanti-em-invasao-ao-planalto 1. Ministério + CulturaA história do Ministério da Cultura (MinC) é cheia de idas e vindas. Criado como uma ideia a partir de discussões sobre políticas culturais na década de 1960, o Ministério da Cultura (MinC) permaneceu numa incubadora por quatro anos até realmente se oficializar. Visto como um símbolo que revalida a importância da cultura para as políticas nacionais, o Ministério da Cultura (MinC) passou por algumas tentativas d3 destituições e uma extinção. A existência de um Ministério da cultura revela muito sobre a maneira que os governantes de um país veem a cultura. Instauração, rebaixamento, destituição ou extinção são símbolos de prioridade ou falta dela quando se trata de cultura. 1.1. O que é um ministério? Antes de seguir na história do MinC é necessário que saibamos para que serve um ministério. Enquanto organização, um ministério pode colocar em prática e até mesmo melhorar a eficácia das políticas públicas direcionadas. Ministérios são órgãos parte do governo federal com função de assessorar o presidente da república a colocar em prática diversos tipos de políticas. Cada Ministério é responsável por uma área específica. Nesse caso, como tratamos de música, trataremos aqui da história do Ministério da Cultura (MinC). Demonstraremos a importância de políticas públicas culturais que nos beneficiam quem trabalha com as artes em geral, além de propiciar melhores condições e a validação de direitos dos trabalhadores da cultura. 1.2. O que é cultura? Uma vez que os Ministérios são órgãos criados para auxiliar o governo federal com políticas públicas para áreas direcionadas, seguimos com o que quer dizer o termo cultura especificamente. Segundo Hugo Segawa, professor de Arquitetura e Urbanismo da USP parafraseando Gilberto Gil para o Jornal USP: “Por cultura entendemos não um conjunto de obras canonizadas segundo uma régua histórica de desigualdade, mas como uma constelação dinâmica na qual se inscrevem os atos criativos de um povo.” A cultura, na prática, é uma área bastante ampla capaz de englobar os mais diversos segmentos. Dessa forma, entende-se que as culturas tradicionais (povos quilombolas, povos indígenas, religiões de matriz africana, artesanato regional, etc.), as artes em geral (música, artes visuais, dança e teatro) e a literatura estão englobadas no âmbito da cultura. 1.3. O que faz um Ministério da Cultura Assim, o Ministério da Cultura fica responsável pela criação e execução de políticas públicas direcionadas às várias camadas da cultura nacional tendo que abranger a grande extensão do país. Temos sob sua responsabilidade a política nacional de cultura e a proteção do patrimônio histórico e cultural. 2. O início da história do MinCA maneira a qual a cultura é gerida no país está diretamente relacionada com a política. Desse modo, vale lembrar que, de 1964 a 1984, o Brasil esteve em regime de Ditadura Militar. A discussão sobre políticas culturais começa a surgir com mais força com pressão da classe artística ainda durante o regime militar, em 1981. No entanto, se intensifica com a reabertura. Em sua primeira fase foi criada uma Secretaria de Cultura ligada ao Ministério da Educação (MEC) em 1981, chamada Ministério da Educação e Cultura. Foi o primeiro esboço de preocupação relacionada às políticas culturais. Entretanto, quatro anos depois, entendeu-se que o MEC não dava conta de tamanha complexidade dada entre Educação e Cultura. Pois, ter dois setores sob um mesmo ministério - Educação e Cultura - que tem suas necessidades particulares, se demonstra ineficaz quando se trará de investimento. Demonstrando que há redução de verba direcionada às duas áreas distintas anexas a um mesmo Ministério. 2.1. Um ministério independente Assim, em 1985, a cultura teve seu Ministério independente e passou a ser responsável por duas áreas: a primeira engloba “letras, artes, folclore e outras formas de expressão da cultura nacional” e, na segunda, obteve inclusão do “patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural” (BRASIL, 1985). Dessa forma, órgãos direcionados à cultura em geral, música, cinema, artes, história, entre outras, foram absorvidos por esse ministério:
3. Mais idas do que vindasDepois de sua criação, o Ministério da Cultura passou a gerir não só políticas públicas como instituições ligadas ao patrimônio cultural brasileiro. Ainda que fosse responsável por vários programas culturais e históricos que se demonstraram eficazes, a perseguição relacionada às políticas culturais sem estava a espreita. Em um momento de crise política, a primeira coisa que passa por cortes, reduções ou rebaixamentos é cultura. 3.1. A primeira dissolvição e reformulação Em 1990 o MinC foi dissolvido durante o governo Collor. Por ter gerado muitos problemas no âmbito econômico, Fernando Collor foi retirado do cargo. Dessa forma, em 1992, com o Impeachment, Itamar Franco o presidente que assumiu, reconhecendo a importância do Ministério da Cultura, revogou sua destituição. 10 anos depois, em 2012, foi feita uma nova reestruturação dos órgãos que estavam sob tutela do Ministério da Cultura. Alguns foram modificados e outros foram adicionados:
3.2. Tentativa de retirada de Autonomia Em 2016, Michel Temer, presidente que assumiu após o Impeachment da presidente Dilma Rousseff, tentou retirar a autonomia do Ministério da Cultura. Nesse processo, tentou reincorporar o MinC ao Ministério da Educação (MEC) como fora no passado inicial. Esse tipo de iniciativa retiraria uma grande porcentagem do investimento em políticas culturais, caso fosse efetivada. No entanto, após pressão do setor cultural, nove dias depois o processo foi revertido. As dificuldades impostas ao MinC não cessaram. 3.3. Quem foram os Ministros da Cultura Desde sua criação, o Ministério da Cultura passou por diversas mãos de acordo com o governo vigente. Quanto menos trocar de ministros no Ministério da cultura, mais estável se apresenta o governo a que um Ministério da Cultura é atrelado. No Governo José Sarney foram 5 ministros:
A cultura é tão atrelada a política que a manutenção, mudança ou dissolução de um Ministério da Cultura demonstra as questões de cada governo relacionadas à estabilidade cultural e política. 4.4. Um resumo Na história do Ministério da Cultura houve ameaças de desarticulação e de retirada de autonomia de suas políticas públicas. Houve dois Impeachments protocolados por duas razões: na primeira ocasião, em 1992, o governo de Fernando Collor trouxe desestabilização econômica; na segunda, em 2016, havia um golpe em curso quando depuseram Dilma Rousseff do cargo de presidente. Com o golpe realizado, Jair Bolsonaro entra como presidente e destitui o Ministério da Cultura e retira sua autonomia institucional. 4. Extinção e suas consequênciasEm 2019, Jair Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura. O que antes era Ministério passaria a ser Secretaria Especial da Cultura, inicialmente vinculada ao Ministério da Cidadania e, posteriormente, ao Ministério do Turismo. Essas medidas reduziram a autonomia das políticas públicas juntamente com os investimentos e trouxeram consequências terríveis ao setor cultural. Segundo o ex-ministro Juca Ferreira, em entrevista ao Jorna da USP, o rebaixamento de um Ministério para uma Secretaria Especial denota “perda do status ministerial, que é uma redução da importância da cultura no plano nacional”. Por conta disso, não mais haveria ministros, mas secretários. O cargo de ministro, que antes correspondia à cargos que atuariam diretamente com o presidente, passou por um rebaixamento institucional. Nesse sentido, vale ressaltar que no governo Bolsonaro teve 8 secretários:
3.1. Os escândalos Regina Duarte foi bastante questionada por relativizar mortes na pandemia e, entre outras coisas, por seu silêncio a respeito de diversas mortes de artistas importantes para a cultura brasileira. Além disso, polemizou no ar durante entrevista na CNN relativizando as mortes e perseguições na ditadura militar e no holocausto. Depois de várias confusões e constrangimentos, Regina Duarte foi retirada da Secretaria Especial de Cultura supostamente para gerir a Cinemateca Brasileira, mas nunca chegou a ocupar o cargo. Outro caso foi o de Roberto Alvim que foi demitido após ter feito referências a Joseph Goebells, ministro nazista. A Secretaria Especial da Cultura foi usada como ferramenta de perseguição ideológico-cultural durante a gestão de Mário Frias que usou seu cargo para atacar a classe artística. Deixou o cargo para candidatar-se a deputado federal. Já Henrique Pires pediu demissão da Secretaria por desaprovar a censura imposta pelo governo sobre projetos dedicados ao público LGBTQIA+ para tvs públicas. 3.2. Um vácuo na história Os últimos quatro anos, em vários aspectos, foram um vácuo na história do MinC. O descaso, a perseguição ideológica e o desmonte foram a tônica da Secretaria que deveria ser responsável por políticas públicas favoráveis à cultura. A sua destituição e desestabilização estrutural demonstra que estávamos em maus lençóis. Os períodos de mais idas e vindas de Ministros no MinC representam os mais instáveis. Em gestões em que houve permanência mais longa de um ministro ou pouca ou nenhuma troca, obtivemos mais estabilidade para a cultura e suas políticas. A maneira que a cultura é organizada e gerida é também reflexo pleno de sua importância para o governo daquele momento. 5. Reconstrução do MinCEm 2023, o Ministério da Cultura volta a ser reconstruído pelo novo governo Lula, dedicado e comprometido com a transformação e reconstrução das políticas culturais do país. É importante a decisão de restabelecer um status de Ministério para a Cultura. Isso demonstra o comprometimento do novo governo para com as políticas culturais. Para essa reconstrução foi nomeada a cantora baiana Margareth Menezes. 5.1. Quem é a nova ministra da cultura Margareth Menezes nascida em 13 de outubro de 1962 em Boa Viagem, Península de Itagagibe em Salvador é a mais velha de 5 irmãos. Seus pais eram pessoas simples: sua mãe Dona Diva, costureira e seu pai, Adelício Soares, motorista. Influenciada por seu avô materno que tocava violão, viu seu potencial artístico aflorar. Nos anos 1970 ganhou seu primeiro violão. 5.2. Os primeiros passos no teatro Começa sua vida artística no teatro durante o ensino médio, dos 15 aos 18 anos. Na década de 1980, ganhou diversos festivais de teatro tendo contato com a cena baiana. Nessa fase, trabalhou com a peça O menino maluquinho, de Ziraldo, sendo responsável pela trilha sonora e pela preparação vocal do espetáculo. Juntamente com Paulo Conde e João Elias em um grupo de teatro amador baiano chamado Troca de Segredos em Geral dedicado a montagem da peça Inspetor geral do teatrólogo russo Nicolai Gogol, ficou em cartaz por 2 anos. Participou da criação de um espaço teatral em Salvador, uma lona de circo montada na Praia de Ondina, chamada o Gran Circo Troca de Segredos, trazendo diversas linguagens artísticas nacionais e internacionais. Deixa o espaço que ajudou a criar para seguir em apresentações no estado de São Paulo participando do grupo Amoras Lá em Casa. 5.2. Carreira musical Em 1986 começa oficialmente sua carreira musical, mantendo-a em paralelo com o teatro no Projeto Pixinguinha. No ano seguinte participa do disco de Djalma Oliveira produzindo um single. É convidada para cantar no bloco 20 Vê ao lado de Geraldo Azevedo em Salvador. Depois disso se apresenta no VIII Festival de Música do Caribe em Cartagena na Colômbia ao lado de Pepeu Gomes. Em 1988 assina contrato com a gravadora Polygram e grava seu primeiro disco que rende diversos prêmios. A principal canção de seu álbum Elegibô – Uma História de Ifá, de Rey Zulu e Ytthamar Tropicália tornou-se um marco. Nos anos 1990 apresenta-se ao lado de Gilberto Gil e Dominguinhos. Nesse ano assina contrato com a gravadora Mango/Island Records para lançar seu álbum nos Estados Unidos e no México. Sua canção Elegibô chega ao topo das paradas no Billboard World Albums nos Estados Unidos. Nessa época alcança vários lugares do mundo: América do Sul, América do Norte e Rússia (União Soviética no período). Em 1991 assinou contrato com a gravadora inglesa Polydor Records devido ao seu sucesso na América do Norte que gerou um álbum exclusivamente para o mercado inglês. Em 1993 lança seu terceiro álbum fazendo uma nova promissora turnê pela Europa. No ano seguinte, lança mais um álbum: Luz Dourada. Por conta do aniversário de Salvador é criado por Margareth Menezes o bloco Mascarados no Carnaval que usava fantasias típicas da folia em 1999. Após alguns anos sem gravadora, em 2001 cria seu próprio selo, mas em 2011 passa a atuar como produtora musical. Nesse período participa do álbum Tribalistas a convite de Carlinhos Brown. Depois de uma atuação musical prestigiosa, em 2007 é homenageada pelo então Ministro da Cultura Gilberto Gil por seus 20 anos de carreira no trio Expresso 2222. Em 2008, a cantora passa a participar de ações sociais através da ONG Fábrica Cultural oferecendo cursos de artes e formação educacional para crianças. Apresentou-se com diversos artistas de renome no bloco Afropop, foi homenageada por seus 20 e depois por seus 30 anos de carreira. Homenageia os 50 anos de Carreira de Gilberto Gil. Em 2019 lança seu álbum Autêntica que é indicado ao Grammy no ano seguinte. Margareth Menezes é um símbolo da africanidade brasileira. A cantora ao longo de sua carreira se apoia em suas referências de mulher negra e coloca se brilho e potência em sua voz poderosa. Agora, no governo Lula, no ano de 2023, nós temos a primeira mulher negra Ministra da Cultura no Brasil. 6. Uma sérieInspirado numa série de vídeos produzidos no nosso canal do youtube @portalcaminhosdosom este texto é um rearranjo dos dados roteirizados para esta série de 4 episódios que trata da trajetória do Ministério da Cultura. Vale a pena assistir a série que este texto complementa. Acesse! ReferênciasLENZI, Tié. Ministérios do Brasil. Disponível em: https://www.todapolitica.com/ministerios-brasil/
REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia. Ministério da Cultura. In: ______. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). ISBN 978-85-7334-279-6. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/56/ministerio-da-cultura-1985-1990-1992#:~:text=Em%201981%20foi%20criada%20a,Cultura%20(BRASIL%2C%201985). Sobre o histórico do Ministério da Cultura: http://portalsnc.cultura.gov.br/historico-2/ A cultura como base da democracia e da transformação da sociedade. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/a-cultura-como-base-da-democracia-e-transformacao-da-sociedade/ Ministério da Cultura é recriado com seis secretarias e volta dos pontos de cultura. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/a-cultura-como-base-da-democracia-e-transformacao-da-sociedade/ Novo MinC de Margareth Menezes terá um orçamento histórico. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/cultura/2022/12/novo-minc-de-margareth-menezes-tera-orcamento-historico/ Artistas Mineiros defendem mudanças urgentes na política cultural do Brasil. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2023/01/08/interna_cultura,1441606/artistas-mineiros-defendem-mudancas-urgentes-na-politica-cultural-do-brasil.shtml O rombo no orçamento da cultura. Revista Piauí. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/o-rombo-no-orcamento-da-cultura/ Livro resgata ascensão e queda do ministério da cultura. Disponível em: https://www.nonada.com.br/2022/03/livro-resgata-trajetoria-de-ascensao-e-queda-do-ministerio-da-cultura/ Afinal, o que representa o ministério da cultura do Brasil? Disponível em: https://judao.com.br/afinal-o-que-representa-o-ministerio-da-cultura-no-brasil/ PERASSOLO, João. Folha de São Paulo. Mário Frias foi o mais longevo secretário da Cultura de Bolsonaro; veja outros. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/03/mario-frias-foi-o-mais-longevo-secretario-da-cultura-de-bolsonaro-veja-os-outros.shtml Lista de Ministros da Cultura do Brasil. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ministros_da_Cultura_do_Brasil Secretaria especial da Cultura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_Especial_da_Cultura Site oficial de Margareth Menezes. Disponível em: https://margarethmenezes.com.br/ Imagem de Margareth Menezes. Disponível em: https://almapreta.com/images/2022/12/margareth-menezes-jose-de-holanda-site.webp Quais são as credenciais de Margareth Menezes para assumir o Ministério da Cultura. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/12/10/quais-sao-as-credenciais-de-margareth-menezes-para-assumir-o-ministerio-da-cultura Eligibô. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4DNSKHnhK9E Perfis oficiais do governo: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/01/5067041-em-combate-a-fake-news-apoiadores-divulgam-lista-de-perfis-oficiais-do-governo.html MinC no Instagram: https://www.instagram.com/minc/ Imagem de Regina Duarte: https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2023/01/regina-duarte-critica-lei-rouanet-e-diz-que-regulamentacao-e-deturpada-pela-esquerda-milionaria.shtml Imagem de Ricardo Alvim: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51152542 Imagem Mário Frias: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2022/02/mario-frias-usou-r-39-mil-dos-cofres-publicos-para-encontrar-lutador-em-nova-york.html https://www.poder360.com.br/governo/mario-frias-deixa-secretaria-especial-de-cultura/ |
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