Recentemente, no novo quadro canal, "Giro do Som", além de discutir várias notícias sobre o mundo da música, falamos muito sobre políticas públicas para a cultura. Uma das mais recorrentes tem sido a patrimonialização de diversas manifestações musicais/culturais de variadas regiões do Brasil. Como algo que nos chamou a atenção, a partir do terceiro espisódio desse quadro trouxemos pelo menos uma ou mais notícia sobre este evento. Falamos sobre esse tipo de política de preservação pró-cultura, porque pensamos ser importante refletir sobre o tema. Neste texto, traremos o que é a patrimonialização e vamos disponibilizar os vídeos, e cortes, dos episódios do nosso quadro "Giro do Som", para endossar todas as manifestações, que até então, passaram a ser tratadas como manifestações que devem ser preservadas. O órgão que cuida da patrimonializaçãoPara que uma manifestação cultural tenha interesse de patrimonialização é necessário que um órgão específico a veja como algo que deva ser salvaguardado. O Patrimônio Culural se configura como algo que pode ser extinto, corra risco de perda territorial, seja considerado um saber tradicional, ou seja visto como manifestação cultural que componha elementos e aspectos considerados como tradição da cultura brasileira (SANT'ANNA; QUEIROZ, 2021). Assim, desde bordados, utensílios, tecidos, objetos de moda como calçados e bolsas, culinária, conhecimento sobre ervas medicinais, danças, música e tradições culturais ancestrais, entre outras coisas, entram nesta categorização. Este órgão preocupado com a salvaguarda de manifestações culturais também regula o tombamento de edifícios históricos considerados importantes para a história do país e que devem também ser tombados como patrimônio histórico, que nesse caso é visto como material. Para isso, temos uma instituição composta de profissionais de diversas áreas incluindo a antropologia, a música, história, geografia, etec, que serão responsáveis pela realização deste tipo de política cultural. Mas que órgão é esse e quando surgiu ? Depois de falar um pouco sobre o perfil de elementos culturais a serem resguardados mostraremos que, este órgão responsável por tudo, isso é o chamado Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Em sua história vemos aspectos diretamente ligados ao desenvolvimento de políticas culturais: A ação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) – principal organismo público do campo do patrimônio no país – caracterizouse, a partir dos anos 1980, pela renovação de temas, abordagens e instrumentos de preservação, para o que concorreu decisivamente a promulgação do Decreto n° 3.551/2000, que regulamentou o instituto jurídico do Registro do patrimônio cultural imaterial e criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (SANT'ANNA; QUEIRÓZ, 2021, p. 16). A criação desse órgão viabilizou a preservação da memória cultural do país. Assim, sua importância foi consolidada em conjunto com iniciativas ligadas à universidades brasileiras, museus e outros órgão culturais. Devemos pensar também que sua criação foi desenvolvida em razão da instabilidade política e cultural, quando iniciativas de descaso e da ganância colocaram em risco as culturas de povos marginalizados. Povos indígenas, quilombolas e manifestações marginalizadas urbanas foram contemplatas, ou pelo menos, em primeira instâncias eleitas, para a ação de salvaguarda. Esse novo instrumento ampliou a possibilidade de formulação de políticas inovadoras de identificação, patrimonialização, apoio e fomento de bens culturais, que, além de reunirem visões, concepções e desejos longamente acalentados no campo do patrimônio no Brasil, recolocaram no centro da ação preservacionista as pessoas, vistas como sujeitos ativos – detentores e produtores - do patrimônio cultural (SANT'ANNA; QUEIRÓZ, 2021, p. 16). Nesse sentido, toda essa cultura a ser preservada levou o título de "patrimônio cultural imaterial" (CAVALCANTI, 2021, p.122). Desse modo, o patrimônio imaterial é diferente dos patrimônios materiais, relacionados ao ponto inicial de nossas considerações. A preservação da memórica histórica e cultural através de localidades, pontos de acontecimentos históricos como A Pedra do Sal ou O Cais do Valongo, ambos no Rio de Janeiro (MOURA, 2022, p.189), tombados como patrimônio histórico já configuram-se como patrimônios materiais. Ou ainda edifícios históricos, como os presentes no Pelourinho em Salvador (BA), entre outros, também englobam-se nesse tipo de patrimônio. Re(cortes) de um quadro e a patrimonializaçãoComo citamos anteriormente, o que é considerado como "patrimônio cultural imaterial", são manifestações de povos marginalizados e minorizados. Portanto, culturas como o Maracatu, típico do estado de Pernambuco, forró nordestino de trio e suas matrizes (rabeca, fole de 8 baixos e percussão - triângulo, zabumba e pandeiro), o chôro carioca, o samba de roda do Recôncavo Baiano, a cultura dos povos indígenas (Guarani, Guajajara, Tapajó, Kamaiurá, Cariri, entre outros), de povos quilomboas, espalhados por várias regiões do Brasil, o jongo da Serrinha no Rio de Janeiro, entre outras variadas manifestações, são exemplos do que é visto como patrimônio cultural imaterial. A partir disso, nesse ano de 2024, encontramos uma série de manifestações patrimonializadas recentemente noticiadas no nosso "Giro do Som" e seus vários episódios. Assim, vamos listar as várias notícias sobre a patrimonialização recente de bens culturais. O Choro e o forró Na primeira notícia sobre o tema, trouxemos a recente patrimonialização do choro, mas também falamos sobre o forró que, desde 2018, teve esse mesmo processo. Também nesse episódio, trouxemos abordagem do Ministério da Cultura (MinC) sobre o tema, além de discutir o pesa desse tipo de política nas várias camadas do produtores das culturas patrimonializadas. Hip-hop O Hip-hop, por iniciativa da deputada Leci Brandão teve também seu reconhecimento nesse âmbito. Como cultura urbana periférica de São Paulo, o Hip-Hop teve suas várias modalidades reconhecidas (Brake, como dança e o Rap, como música). Passinho A dança típica do funk carioca também foi considerada patrimônio cultural imaterial. Foi uma decisão de preservação desta dança interessantemente particular muito forte que acompanha o funk típico nas perifeiras e favelas cariocas. Maracatu Maracatu, uma das manifestações que citamos anteriormente, também foi patrimonializado. Com intuito de preservação e de realização de políticas públicas culturais voltadas para dois tipos de maracatu: o Nação e o Rural. Afoxé Nesse caso, quando se trata do afoxé, temos um grupo tradicional do afoxé patrimonializado que é o caso do grupo Afoxé Filhos de Gandhi. Museu do Samba No caso do Museu do Samba, temos um conjunto de iniciativas culturais que querem patrimonializar um edifício, juntamente com elementos simbólicos da cultura do samba. Por se tratar da divulgação dda cultura do samba, um museu é tmbém um com candidato a patrimonialização, já que tal política ajudaria e ampliaria sua estrutura. Além dessas notícias, poderemos ver outras coisas que noticiamos neste quadro. Através dos vídeos ou dos links disponíveis em diversos pontos do nosso site, você poderá acompanhar nosso canal e suas novidades. Aproveite e se inscreva! ReferênciasSANt"ANNA, Márcia. QUEIROZ, Hermano. Em defesa do Patrimônio Cultural. Percursos e Desafios. Espírito Santo: Editora MilFontes. 2022.
LUZ, José Bonifácio da. (Mestre Bengala). Performances do Som, do Corpo e da Palavra em Tradições Quilombolas. Minas Gerais: UFMG. 2020. MOURA, Roberto. Tia Ciata e a Pequena África do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Editora Todavia. 2021 Portal IPHAN. http://portal.iphan.gov.br/
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1. Ministério + CulturaA história do Ministério da Cultura (MinC) é cheia de idas e vindas. Criado como uma ideia a partir de discussões sobre políticas culturais na década de 1960, o Ministério da Cultura (MinC) permaneceu numa incubadora por quatro anos até realmente se oficializar. Visto como um símbolo que revalida a importância da cultura para as políticas nacionais, o Ministério da Cultura (MinC) passou por algumas tentativas d3 destituições e uma extinção. A existência de um Ministério da cultura revela muito sobre a maneira que os governantes de um país veem a cultura. Instauração, rebaixamento, destituição ou extinção são símbolos de prioridade ou falta dela quando se trata de cultura. 1.1. O que é um ministério? Antes de seguir na história do MinC é necessário que saibamos para que serve um ministério. Enquanto organização, um ministério pode colocar em prática e até mesmo melhorar a eficácia das políticas públicas direcionadas. Ministérios são órgãos parte do governo federal com função de assessorar o presidente da república a colocar em prática diversos tipos de políticas. Cada Ministério é responsável por uma área específica. Nesse caso, como tratamos de música, trataremos aqui da história do Ministério da Cultura (MinC). Demonstraremos a importância de políticas públicas culturais que nos beneficiam quem trabalha com as artes em geral, além de propiciar melhores condições e a validação de direitos dos trabalhadores da cultura. 1.2. O que é cultura? Uma vez que os Ministérios são órgãos criados para auxiliar o governo federal com políticas públicas para áreas direcionadas, seguimos com o que quer dizer o termo cultura especificamente. Segundo Hugo Segawa, professor de Arquitetura e Urbanismo da USP parafraseando Gilberto Gil para o Jornal USP: “Por cultura entendemos não um conjunto de obras canonizadas segundo uma régua histórica de desigualdade, mas como uma constelação dinâmica na qual se inscrevem os atos criativos de um povo.” A cultura, na prática, é uma área bastante ampla capaz de englobar os mais diversos segmentos. Dessa forma, entende-se que as culturas tradicionais (povos quilombolas, povos indígenas, religiões de matriz africana, artesanato regional, etc.), as artes em geral (música, artes visuais, dança e teatro) e a literatura estão englobadas no âmbito da cultura. 1.3. O que faz um Ministério da Cultura Assim, o Ministério da Cultura fica responsável pela criação e execução de políticas públicas direcionadas às várias camadas da cultura nacional tendo que abranger a grande extensão do país. Temos sob sua responsabilidade a política nacional de cultura e a proteção do patrimônio histórico e cultural. 2. O início da história do MinCA maneira a qual a cultura é gerida no país está diretamente relacionada com a política. Desse modo, vale lembrar que, de 1964 a 1984, o Brasil esteve em regime de Ditadura Militar. A discussão sobre políticas culturais começa a surgir com mais força com pressão da classe artística ainda durante o regime militar, em 1981. No entanto, se intensifica com a reabertura. Em sua primeira fase foi criada uma Secretaria de Cultura ligada ao Ministério da Educação (MEC) em 1981, chamada Ministério da Educação e Cultura. Foi o primeiro esboço de preocupação relacionada às políticas culturais. Entretanto, quatro anos depois, entendeu-se que o MEC não dava conta de tamanha complexidade dada entre Educação e Cultura. Pois, ter dois setores sob um mesmo ministério - Educação e Cultura - que tem suas necessidades particulares, se demonstra ineficaz quando se trará de investimento. Demonstrando que há redução de verba direcionada às duas áreas distintas anexas a um mesmo Ministério. 2.1. Um ministério independente Assim, em 1985, a cultura teve seu Ministério independente e passou a ser responsável por duas áreas: a primeira engloba “letras, artes, folclore e outras formas de expressão da cultura nacional” e, na segunda, obteve inclusão do “patrimônio histórico, arqueológico, artístico e cultural” (BRASIL, 1985). Dessa forma, órgãos direcionados à cultura em geral, música, cinema, artes, história, entre outras, foram absorvidos por esse ministério:
3. Mais idas do que vindasDepois de sua criação, o Ministério da Cultura passou a gerir não só políticas públicas como instituições ligadas ao patrimônio cultural brasileiro. Ainda que fosse responsável por vários programas culturais e históricos que se demonstraram eficazes, a perseguição relacionada às políticas culturais sem estava a espreita. Em um momento de crise política, a primeira coisa que passa por cortes, reduções ou rebaixamentos é cultura. 3.1. A primeira dissolvição e reformulação Em 1990 o MinC foi dissolvido durante o governo Collor. Por ter gerado muitos problemas no âmbito econômico, Fernando Collor foi retirado do cargo. Dessa forma, em 1992, com o Impeachment, Itamar Franco o presidente que assumiu, reconhecendo a importância do Ministério da Cultura, revogou sua destituição. 10 anos depois, em 2012, foi feita uma nova reestruturação dos órgãos que estavam sob tutela do Ministério da Cultura. Alguns foram modificados e outros foram adicionados:
3.2. Tentativa de retirada de Autonomia Em 2016, Michel Temer, presidente que assumiu após o Impeachment da presidente Dilma Rousseff, tentou retirar a autonomia do Ministério da Cultura. Nesse processo, tentou reincorporar o MinC ao Ministério da Educação (MEC) como fora no passado inicial. Esse tipo de iniciativa retiraria uma grande porcentagem do investimento em políticas culturais, caso fosse efetivada. No entanto, após pressão do setor cultural, nove dias depois o processo foi revertido. As dificuldades impostas ao MinC não cessaram. 3.3. Quem foram os Ministros da Cultura Desde sua criação, o Ministério da Cultura passou por diversas mãos de acordo com o governo vigente. Quanto menos trocar de ministros no Ministério da cultura, mais estável se apresenta o governo a que um Ministério da Cultura é atrelado. No Governo José Sarney foram 5 ministros:
A cultura é tão atrelada a política que a manutenção, mudança ou dissolução de um Ministério da Cultura demonstra as questões de cada governo relacionadas à estabilidade cultural e política. 4.4. Um resumo Na história do Ministério da Cultura houve ameaças de desarticulação e de retirada de autonomia de suas políticas públicas. Houve dois Impeachments protocolados por duas razões: na primeira ocasião, em 1992, o governo de Fernando Collor trouxe desestabilização econômica; na segunda, em 2016, havia um golpe em curso quando depuseram Dilma Rousseff do cargo de presidente. Com o golpe realizado, Jair Bolsonaro entra como presidente e destitui o Ministério da Cultura e retira sua autonomia institucional. 4. Extinção e suas consequênciasEm 2019, Jair Bolsonaro extinguiu o Ministério da Cultura. O que antes era Ministério passaria a ser Secretaria Especial da Cultura, inicialmente vinculada ao Ministério da Cidadania e, posteriormente, ao Ministério do Turismo. Essas medidas reduziram a autonomia das políticas públicas juntamente com os investimentos e trouxeram consequências terríveis ao setor cultural. Segundo o ex-ministro Juca Ferreira, em entrevista ao Jorna da USP, o rebaixamento de um Ministério para uma Secretaria Especial denota “perda do status ministerial, que é uma redução da importância da cultura no plano nacional”. Por conta disso, não mais haveria ministros, mas secretários. O cargo de ministro, que antes correspondia à cargos que atuariam diretamente com o presidente, passou por um rebaixamento institucional. Nesse sentido, vale ressaltar que no governo Bolsonaro teve 8 secretários:
3.1. Os escândalos Regina Duarte foi bastante questionada por relativizar mortes na pandemia e, entre outras coisas, por seu silêncio a respeito de diversas mortes de artistas importantes para a cultura brasileira. Além disso, polemizou no ar durante entrevista na CNN relativizando as mortes e perseguições na ditadura militar e no holocausto. Depois de várias confusões e constrangimentos, Regina Duarte foi retirada da Secretaria Especial de Cultura supostamente para gerir a Cinemateca Brasileira, mas nunca chegou a ocupar o cargo. Outro caso foi o de Roberto Alvim que foi demitido após ter feito referências a Joseph Goebells, ministro nazista. A Secretaria Especial da Cultura foi usada como ferramenta de perseguição ideológico-cultural durante a gestão de Mário Frias que usou seu cargo para atacar a classe artística. Deixou o cargo para candidatar-se a deputado federal. Já Henrique Pires pediu demissão da Secretaria por desaprovar a censura imposta pelo governo sobre projetos dedicados ao público LGBTQIA+ para tvs públicas. 3.2. Um vácuo na história Os últimos quatro anos, em vários aspectos, foram um vácuo na história do MinC. O descaso, a perseguição ideológica e o desmonte foram a tônica da Secretaria que deveria ser responsável por políticas públicas favoráveis à cultura. A sua destituição e desestabilização estrutural demonstra que estávamos em maus lençóis. Os períodos de mais idas e vindas de Ministros no MinC representam os mais instáveis. Em gestões em que houve permanência mais longa de um ministro ou pouca ou nenhuma troca, obtivemos mais estabilidade para a cultura e suas políticas. A maneira que a cultura é organizada e gerida é também reflexo pleno de sua importância para o governo daquele momento. 5. Reconstrução do MinCEm 2023, o Ministério da Cultura volta a ser reconstruído pelo novo governo Lula, dedicado e comprometido com a transformação e reconstrução das políticas culturais do país. É importante a decisão de restabelecer um status de Ministério para a Cultura. Isso demonstra o comprometimento do novo governo para com as políticas culturais. Para essa reconstrução foi nomeada a cantora baiana Margareth Menezes. 5.1. Quem é a nova ministra da cultura Margareth Menezes nascida em 13 de outubro de 1962 em Boa Viagem, Península de Itagagibe em Salvador é a mais velha de 5 irmãos. Seus pais eram pessoas simples: sua mãe Dona Diva, costureira e seu pai, Adelício Soares, motorista. Influenciada por seu avô materno que tocava violão, viu seu potencial artístico aflorar. Nos anos 1970 ganhou seu primeiro violão. 5.2. Os primeiros passos no teatro Começa sua vida artística no teatro durante o ensino médio, dos 15 aos 18 anos. Na década de 1980, ganhou diversos festivais de teatro tendo contato com a cena baiana. Nessa fase, trabalhou com a peça O menino maluquinho, de Ziraldo, sendo responsável pela trilha sonora e pela preparação vocal do espetáculo. Juntamente com Paulo Conde e João Elias em um grupo de teatro amador baiano chamado Troca de Segredos em Geral dedicado a montagem da peça Inspetor geral do teatrólogo russo Nicolai Gogol, ficou em cartaz por 2 anos. Participou da criação de um espaço teatral em Salvador, uma lona de circo montada na Praia de Ondina, chamada o Gran Circo Troca de Segredos, trazendo diversas linguagens artísticas nacionais e internacionais. Deixa o espaço que ajudou a criar para seguir em apresentações no estado de São Paulo participando do grupo Amoras Lá em Casa. 5.2. Carreira musical Em 1986 começa oficialmente sua carreira musical, mantendo-a em paralelo com o teatro no Projeto Pixinguinha. No ano seguinte participa do disco de Djalma Oliveira produzindo um single. É convidada para cantar no bloco 20 Vê ao lado de Geraldo Azevedo em Salvador. Depois disso se apresenta no VIII Festival de Música do Caribe em Cartagena na Colômbia ao lado de Pepeu Gomes. Em 1988 assina contrato com a gravadora Polygram e grava seu primeiro disco que rende diversos prêmios. A principal canção de seu álbum Elegibô – Uma História de Ifá, de Rey Zulu e Ytthamar Tropicália tornou-se um marco. Nos anos 1990 apresenta-se ao lado de Gilberto Gil e Dominguinhos. Nesse ano assina contrato com a gravadora Mango/Island Records para lançar seu álbum nos Estados Unidos e no México. Sua canção Elegibô chega ao topo das paradas no Billboard World Albums nos Estados Unidos. Nessa época alcança vários lugares do mundo: América do Sul, América do Norte e Rússia (União Soviética no período). Em 1991 assinou contrato com a gravadora inglesa Polydor Records devido ao seu sucesso na América do Norte que gerou um álbum exclusivamente para o mercado inglês. Em 1993 lança seu terceiro álbum fazendo uma nova promissora turnê pela Europa. No ano seguinte, lança mais um álbum: Luz Dourada. Por conta do aniversário de Salvador é criado por Margareth Menezes o bloco Mascarados no Carnaval que usava fantasias típicas da folia em 1999. Após alguns anos sem gravadora, em 2001 cria seu próprio selo, mas em 2011 passa a atuar como produtora musical. Nesse período participa do álbum Tribalistas a convite de Carlinhos Brown. Depois de uma atuação musical prestigiosa, em 2007 é homenageada pelo então Ministro da Cultura Gilberto Gil por seus 20 anos de carreira no trio Expresso 2222. Em 2008, a cantora passa a participar de ações sociais através da ONG Fábrica Cultural oferecendo cursos de artes e formação educacional para crianças. Apresentou-se com diversos artistas de renome no bloco Afropop, foi homenageada por seus 20 e depois por seus 30 anos de carreira. Homenageia os 50 anos de Carreira de Gilberto Gil. Em 2019 lança seu álbum Autêntica que é indicado ao Grammy no ano seguinte. Margareth Menezes é um símbolo da africanidade brasileira. A cantora ao longo de sua carreira se apoia em suas referências de mulher negra e coloca se brilho e potência em sua voz poderosa. Agora, no governo Lula, no ano de 2023, nós temos a primeira mulher negra Ministra da Cultura no Brasil. 6. Uma sérieInspirado numa série de vídeos produzidos no nosso canal do youtube @portalcaminhosdosom este texto é um rearranjo dos dados roteirizados para esta série de 4 episódios que trata da trajetória do Ministério da Cultura. Vale a pena assistir a série que este texto complementa. Acesse! ReferênciasLENZI, Tié. Ministérios do Brasil. Disponível em: https://www.todapolitica.com/ministerios-brasil/
REZENDE, Maria Beatriz; GRIECO, Bettina; TEIXEIRA, Luciano; THOMPSON, Analucia. Ministério da Cultura. In: ______. (Orgs.). Dicionário IPHAN de Patrimônio Cultural. Rio de Janeiro, Brasília: IPHAN/DAF/Copedoc, 2015. (verbete). ISBN 978-85-7334-279-6. Disponível em: http://portal.iphan.gov.br/dicionarioPatrimonioCultural/detalhes/56/ministerio-da-cultura-1985-1990-1992#:~:text=Em%201981%20foi%20criada%20a,Cultura%20(BRASIL%2C%201985). Sobre o histórico do Ministério da Cultura: http://portalsnc.cultura.gov.br/historico-2/ A cultura como base da democracia e da transformação da sociedade. Jornal da USP. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/a-cultura-como-base-da-democracia-e-transformacao-da-sociedade/ Ministério da Cultura é recriado com seis secretarias e volta dos pontos de cultura. Disponível em: https://jornal.usp.br/cultura/a-cultura-como-base-da-democracia-e-transformacao-da-sociedade/ Novo MinC de Margareth Menezes terá um orçamento histórico. Disponível em: https://www.extraclasse.org.br/cultura/2022/12/novo-minc-de-margareth-menezes-tera-orcamento-historico/ Artistas Mineiros defendem mudanças urgentes na política cultural do Brasil. Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/cultura/2023/01/08/interna_cultura,1441606/artistas-mineiros-defendem-mudancas-urgentes-na-politica-cultural-do-brasil.shtml O rombo no orçamento da cultura. Revista Piauí. Disponível em: https://piaui.folha.uol.com.br/o-rombo-no-orcamento-da-cultura/ Livro resgata ascensão e queda do ministério da cultura. Disponível em: https://www.nonada.com.br/2022/03/livro-resgata-trajetoria-de-ascensao-e-queda-do-ministerio-da-cultura/ Afinal, o que representa o ministério da cultura do Brasil? Disponível em: https://judao.com.br/afinal-o-que-representa-o-ministerio-da-cultura-no-brasil/ PERASSOLO, João. Folha de São Paulo. Mário Frias foi o mais longevo secretário da Cultura de Bolsonaro; veja outros. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/2022/03/mario-frias-foi-o-mais-longevo-secretario-da-cultura-de-bolsonaro-veja-os-outros.shtml Lista de Ministros da Cultura do Brasil. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ministros_da_Cultura_do_Brasil Secretaria especial da Cultura. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Secretaria_Especial_da_Cultura Site oficial de Margareth Menezes. Disponível em: https://margarethmenezes.com.br/ Imagem de Margareth Menezes. Disponível em: https://almapreta.com/images/2022/12/margareth-menezes-jose-de-holanda-site.webp Quais são as credenciais de Margareth Menezes para assumir o Ministério da Cultura. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/12/10/quais-sao-as-credenciais-de-margareth-menezes-para-assumir-o-ministerio-da-cultura Eligibô. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=4DNSKHnhK9E Perfis oficiais do governo: https://www.correiobraziliense.com.br/politica/2023/01/5067041-em-combate-a-fake-news-apoiadores-divulgam-lista-de-perfis-oficiais-do-governo.html MinC no Instagram: https://www.instagram.com/minc/ Imagem de Regina Duarte: https://f5.folha.uol.com.br/celebridades/2023/01/regina-duarte-critica-lei-rouanet-e-diz-que-regulamentacao-e-deturpada-pela-esquerda-milionaria.shtml Imagem de Ricardo Alvim: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-51152542 Imagem Mário Frias: https://www.pragmatismopolitico.com.br/2022/02/mario-frias-usou-r-39-mil-dos-cofres-publicos-para-encontrar-lutador-em-nova-york.html https://www.poder360.com.br/governo/mario-frias-deixa-secretaria-especial-de-cultura/ |
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