Ter música como parte do seu dia a dia é algo que pode transformar nossos humores e nossa saúde. No entanto, um aprofundamento sobre seu funcionamento, como no caso de tocar um instrumento musical ou aprender a cantar, se mostra como um diferencial para diversos aspectos da vida humana. Para provar isso, neste texto, vamos reunir várias postagens que fizemos, ao longo desse tempo. Estas postagens falam sobre os benefícios e razões das mais positivas para aprender música. De modo geral, inicialmente trouxemos três listas de tópicos sobre os benefícios de estudar música. Muitos conselhos direcionados às pessoas interessadas em se iniciar neste universo. Numa postagem mais recente já trouxemos citações científicas, de profissionais de diversas escolas de música e musicoterapeutas que atestam a variedade de benefícios para quem estuda música. 29 razões divididas em três seçõesAs razões selecionadas para nossa postagem mais recente trazem um resumo e, ao mesmo tempo, um apanhado das variadas razões que já discutimos. Com a intensão de ser breve, as postagens enumeram fatos e situações que desencadeiam benefícios diversos para quem se aprofunda no universo musical. Abaixo mostraremos a seleção de razões que já trouxemos em posts antigos e, num próximo tópico, traremos a nova lista. 9 Razões para estudar música Como uma lista de benefícios direcionados à saúde física e mental, esta possui nove tópicos. Mais curta que outras convencionalmente encontradas, essa seleção de razões carrega a primeira parte de três listas direcionada à saúde mental e vencimento de dificuldades que atrapalham na performance. 10 Motivos para estudar música A segunda lista de razões para estudar música traz benefícios que remontam melhora e aprimoramento de questões relacionadas ao comportamento individual e social. Usada como alternativa para ensinar os mais diversos assuntos, a música como educação musical, o estudo de um instrumento e do canto são comprovadamente interessantes para melhorar aspectos sociais das pessoas. Mais 10 razões para estudar música Esta terceira lista se relaciona se relaciona como segunda para da lista anterior. Em seu conteúdo, mistura benefícios ligados à saúde física, mental, além de contribuir para as áreas do condicionamento pessoal. 15 razões que valem por milAs listas já mencionadas foram publicadas em 2020 no início das nossas redes. Esta lista, mais recente publicada em novembro de 2022, se apoia em dados já disponibilizados das listas anteriores, mas com citações e apontamentos que tornam a música, seu ensino e aprendizado bastante embasado e estudado. Abaixo, traremos a lista de 15 razões para estudar música completa e discutiremos alguns argumentos nela disponíveis. 01 - Faz bem para a respiração A primeira coisa que fazemos ao estudar música, ainda que nossa pretensão seja tocar um instrumento, é aprender a cantar. Não exatamente o canto, mas o solfejo, é algo que consiste em aprender a ouvir e entoar as notas e melodias inteiras com a afinação correta. Um hábito natural para crianças, cantar exige, mesmo que não se pretenda ser cantor, a aprender a dominar a respiração que coopera diretamente com o canto. O domínio da respiração colabora com o relaxamento e ajuda, no caso dos instrumentistas, a melhoras determinados parâmetros da performance. O solfejo, para instrumentistas, é algo bastante importante para a compreensão do repertório e do desenvolvimento técnico. 02 - Combate o surgimento de doenças A música contribui para nossa saúde física mais do que podemos imaginar. Ouvir música ajuda em diversos tipos de tratamentos. A musicoterapia, uma área que funde a música com a psicologia, que usa a música como ferramenta para a cura e tratamentos voltados à saúde mental colaborando com o tratamento de doenças cognitivas. No entanto, estudar música através do aprendizado de um instrumento, do canto ou até mesmo da teoria musical pode modificar a maneira como lidamos com o mundo. A prevenção de doenças físicas também é uma consequência do aprendizado musical. 03 - estimula as funções do cérebro | 04 - Melhora a precisão mental. Em dois tópicos de uma vez apontamos a contribuição do estudo da música para com o raciocínio. Além de proporcionar o bem estar e contribuir para melhorar nosso estado emocional, são vários os benefícios já citados relacionados à saúde mental. As citações disponíveis neste tópico são retiradas de dois textos diferentes. Construída com objetivo de continuidade, os textos usados se cruzam e se complementam. A primeira citação aparece no texto do tópico anterior e a segunda citação foi retirada do texto apontado no tópico seguinte. 05 - Incentiva e melhora a linguagem e a dicção Um importante apontamento do estudo da música, a melhora e o aperfeiçoamento da linguagem e da dicção, corresponde à um benefício prático. A linguagem é um recurso importante para diversas profissões. Independente de querer ser músico profissional ou amador, quem estuda música se desenvolve também nesse âmbito. A linguagem e a dicção é algo importante para o canto, no entanto, para instrumentistas essa questão é importante e, indiretamente, instrumentistas podem aperfeiçoar este lado assim como os cantores. Outra questão bastante interessante enquanto benefício trazido pela música temos a possibilidade de "vencer medos e assumir riscos" quando o palco proporciona uma espécie de destaque. Como consequência, desafios propostos pela performance musical, trazem benefícios para o indivíduo especificamente. 06 - Alivia o stress | 07 - Melhora a precisão mental e física | 08 - Desenvolve o desempenho A relação da música com o relaxamento já foi comprovada e bastante discutida. No âmbito do aprendizado musical as propriedades terapêuticas da música se mostram aliadas ao combate de doenças psíquicas. Quando temos aulas individuais ou coletivas de instrumento ou voz podemos ter o desenvolvimento em outras áreas da vida pessoal. Em vários âmbitos, inclusive no teórico, a música pode conter elementos de precisão que transformam. De certa forma, a música possui uma conexão com a matemática. Ao mesmo tempo, leva, como já mencionamos, ao aperfeiçoamento de questões ligadas à performance. 09 - Estimula o contato com a matemática | 10 - Estimula a concentração Por conta da concentração que passamos a desenvolver ao estudar música, temos uma tendência maior a necessidade de estabelecer foco. Não só pela concentração, como por conta da necessidade de perseverar e vencer obstáculos (veja tópico 5), é necessário perseverar, pois o estudo da música precisa de manutenção. É necessário que tenhamos concentração e dedicação quando se trata do estudo de um instrumento ou canto. A excelência no processo prático nos leva a uma construção gradativa da técnica musical. 11 - Eleva a autoestima Neste tópico temos benefícios direcionados às crianças, apesar disso, é possível que o mesmo se repita nas demais faixas etárias. Ainda que adultos não mais passem por processos de desenvolvimento cognitivo, em idosos, por exemplo, a música e seu aprendizado ou aperfeiçoamento, colabora com a prevenção de doenças degenerativas (ver tópico 2). 12 - Estimula as relações sociais | 13 - Pode ter caráter terapêutico A socialização entre alunos no universo musical é um fator benéfico para a criação de vínculo através das relações sociais. Independente do que se estuda (instrumento, voz ou teoria musical) as trocas realizadas entre alunos plurais amplia a visão de mundo. O uso terapêutico da música, como já mencionado no tópico 6, se relaciona diretamente com a saúde emocional, como também já mencionamos anteriormente. 14 - Aumenta a percepção da cultura e da história | 15 - Desenvolve o senso de respnsabilidade Ao contrário do que se imagina, o cruzamento entre música, cultura e história é bastante importante para o universo musical. O aprendizado de um instrumento vem facilmente acompanhado do conhecimento cultural, assim como histórico. Uma vez que os repertórios tocados/cantados possuem uma certa longevidade no passado e alcançam a variabilidade e pluralidade do presente, o estudo prático da música muda as percepções de mundo. Em outra instância, quanto ao senso de responsabilidade, tocar um instrumento, por exemplo, fará com que o aluno, independente da idade, passe a ter compromissos de cuidado, manutenção e transporte. Além disso, devemos entender que a responsabilidade do desenvolvimento de um futuro instrumentista ou cantor, é algo bastante importante no universo musical, independente de amador ou profissional. Benefícios para o cérebro Depois de mostrarmos através dos mais variados argumentos o bem que faz estudar música, mostraremos a seguir o que acontece no cérebro. É bastante interessante entender as reações químicas e como o cérebro funciona durante o processo de estudo de um instrumento, por exemplo. No post de hoje, trouxemos uma infinidade de razões para se aprender música. Cantar, tocar ou, caso você já toque ou cante, estude teoria musical, poderá entender o que acontece quando você estuda. Além disso, diversos aspectos da nossa natureza tornam-se mais desenvolvidos do que o de quem nunca teve contato como os estudos de música. Acesse nossas redes e fique por dentro das novidades! Sempre temos muitos posts e conteúdos importantes sobre música e assuntos relacionados. ReferênciasTudo o que você precisa saber sobre respiração diafragmática.
https://www.moriahmusic.com.br/respiracao-diafragmatica/ Você sabia que ouvir música faz bem à saúde? http://anacarolinanobre.com.br/blog-oncologia/ouvir-musica-faz-bem-a-saude/#:~:text=Os%20pesquisadores%20revelaram%20que%2C%20de,Isso%20previne%20doen%C3%A7as%20card%C3%ADacas. Música e reconexão social https://gamarevista.uol.com.br/semana/que-ce-ta-ouvindo/musica-e-neurociencia/ Música e meditação poder te ajudar a dormir melhor https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/saude/bem-estar/como-musica-e-meditacao-podem-te-ajudar-a-dormir-melhor,9dbbd8865d7aba73c23c5f6930e50ea6mqk8a14j.html Os benefícios do estudo da música para o corpo e a mente https://emt.com.br/beneficios-do-estudo-da-musica/#:~:text=Ouvir%20m%C3%BAsica%20%C3%A9%20muito%20bom,a%20pr%C3%A1tica%20de%20atividade%20f%C3%ADsica. 8 benefícios da música para o desenvolvimento das crianças https://blog.redebatista.edu.br/beneficios-da-musica/ Quais os benefícios de esudar um instrumento musical https://www.blogsouzalima.com.br/quais-os-beneficios-em-tocar-um-instrumento-musical/
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Neste mês de novembro traremos algumas reflexões e discussões sobre a musicalidade das crianças, aspectos da relação do som com o silêncio, talento musical e intuição na música. Separadas por discussões direcionadas a cada tópico, estas discussões que propomos foram retiradas de um dos livros da nossa biblioteca: Stockhausen sobre a música: palestras e entrevistas compiladas por Robin Maconie (2009). Este livro que traz uma discussão bastante profunda sobre os mais variados assuntos carrega a disponibilidade e acessibilidade em conceitos bastantes específicos da música. Em nossos posts, trouxemos citações da fala desse compositor de grande destaque durante o século XX. Este livro se trata de um compilado de palestras e entrevistas do compositor alemão Karlheinz Stockhausen. Quem foi Stockhausen?Para entender as afirmações e ideias de Stockhausen neste livro, cabe a compreensão de quem foi ele enquanto personalidade ligada a diversos âmbitos da música contemporânea. Colega de compositores como Pierre Boulez (1925-2016), Edgar Varèse (1883-1965) e Ìanis Xenakis (1922-2001), Stockhausen (1928-2007) foi discípulo do compositor francês Olivier Messiaen (1908-1992). É conhecido por fazer parte do desenvolvimento da música eletroacústica após seu envolvimento com o movimento Fluxus (caracterizado pela mescla das artes visuais, música e literatura). Também se envolveu com o surrealismo e com o dadaísmo do compositor norte-americano John Cage (1912-1992) pioneiro na música aleatória e eletroacústica. Apesar de seu envolvimento com a música eletroacústica e aleatória Stockhausen também teve ligação com o jazz e com a música popular. Além de compositor, foi também um teórico renomado quando se trata do estudo da criação de novos timbres através de dispositivos eletrônicos. Em outra instância, também se envolveu com teatro musical. Um livro e um universo complexo O universo da música a qual Stockhausen se dedicou ao longo da vida se trata do “manejo” do som que rompe as convenções ditas “clássicas” da música de concerto. Considerado um compositor de música contemporânea – e este termo aqui é usado como uma música mais recente do que a que chega ao grande público dedicado à ouvir e fazer música clássica – a música eletroacústica e também a aleatória são vertentes particulares e específicas de um grupo fechado de músicos. Para entendê-la deve-se ter uma bagagem prévia dos conceitos básicos, que na maioria das vezes partem da chamada música europeia e norte-americana do início do século XX. Para entender sobre alguns conceitos disponíveis na biografia das personalidades musicais aqui mencionadas acesse os links disponíveis em destaque ou no final deste texto. Intuição, talento e outras coisasComo escolha proposital, optamos por falar sobre aquilo que pode ser incentivo para as pessoas. Para que não se pense que estudar música é algo reduzido à poucos, trouxemos falas que podem servir como um empurrão para que qualquer pessoa, inclusive você, possa vir a estudar música, seja através da teoria ou do aprendizado de um instrumento. As citações referentes aos assuntos que destacamos estão disponíveis no nosso perfil do Instagram com reflexões nossas. Para ver as nossas considerações específicas sobre o direcionamentos e intenções que demos a estas citações veja os tópicos abaixo com discussões complementares. Aqui traremos as citações de Stockhausen e explicaremos nossas escolhas. A intuição na música No livro Stockhausen fala sobre a intuição no contexto da composição musical. No entanto, nós escolhemos usar essa fala direcionada à intuição do aprendizado ou da criatividade no fazer musical: "Intuição, para mim, [diz Stockhausen], é um nível mais alto de consciência acima e além do mental. [...] [É aquilo que] poderia ser deduzido do que sei do passado". (Stockhausen, p.42, 2009) Nesta afirmação de Stockhausen, entende-se que, para determinados pontos mais adiantados de quando se toca um instrumento ou se aprofunda conhecimentos teóricos de música, ter conceitos básicos bem resolvidos pode colaborar para um desenvolvimento mais rápido e eficaz. Assim, o que parece ser intuitivo, no caso de um músico profissional ou um instrumentista de técnica bastante avançada, pode ser facilmente a conexão entre bagagem musical básica com a forma de saber se virar e usar esses conceitos de maneira mais ágil nas variadas situações do contexto musical, seja teórico ou prático. A facilidade de um músico é uma construção de anos de prática. O aprendizado musical Já neste caso, temos uma reflexão de Stockhausen sobre o aprendizado musical. Em primeira instância o compositor acredita num "treinamento intelectual" com ênfase em música. Em sua afirmação demonstra que deve haver a democratização ao acesso de qualquer pessoa ao treinamento musical. "Treinamento musical não tem nada a ver com musicalidade. Pode-se treinar alguém por anos em um conservatório de música e desenvolver sua habilidade de reconhecer construções tonais, harmonias, acordes, melodias, intervalos – tudo intelectualmente". (Stockhause, p.44, 2009) De certo modo, escolhemos esta fala de Stockhausen para corroborar o que pensamos. O aprendizado musical é benéfico para todas as faixas etárias e para todos os tipos de pessoas. A música pode ser um recurso que se engloba nas variadas áreas da vida. Pode-se ter a música como hobby, como profissão e até como terapia. Veja nossos posts sobre razões para estudar música. Música no dia a dia Em certo ponto, Stockhausen fala sobre o fato de a música em sua vida ser uma "experiência diária". Entendendo seu ofício de compositor e teórico da música, trouxemos esta afirmação para um âmbito mais simples, associado ao dia a dia das pessoas que podem estar ou já estão no início de seus estudos musicais, sejam teóricos ou práticos. [O treinamento musical e o ato de tocar um instrumento deve ser] "uma experiência diária". (Stockhausen, 2009) Essa reflexão já se direciona para quem já tem contato com o aprendizado musical. Independente de que fase esteja, é interessante ter consciência que a música, para quem pratica, é um estilo de vida. O talento Stockhausen é questionado sobre talento em uma de suas entrevistas e sua opinião demonstra grande profundidade quando direcionada a quem está começando a se questionar sobre seu verdadeiro talento musical. Existem pessoas talentosas na música que podem começar quando criança, mas que podem abandonar a música quando se dá conta de que essa não é sua única vontade. Existem pessoas que começam seus estudos musicais com muito esforço e até sentem que possuem pouco talento, mas perseveram e tornam-se músicos profissionais. Há espaço para os talentosos e para os esforçados. Não ter facilidade na música não quer dizer que você não será bem sucedido. "...possuir um talento não faz diferença; exercê-lo a fundo, sim". (Stockhausen, p.16, 2009) Por outro lado, existem pessoas que optaram por manter a música em paralelo com outra profissão. Isso não faz dessa pessoa mais ou menos músico, isso só mostra que houve superação das circunstancias para que a música não deixasse de existir em sua trajetória. Há espaço para todos que se interessam por música. Música como "pré-disposição" Relacionada ao tema talento, temos mais uma citação que reflete sobre o pré-disposição das crianças para a música. Isso, de certa maneira, também recai sobre ser talentoso ou não, ter facilidade ou não. A questão é a condição de cada pessoa à responder ao que Stockhausen chama de "estímulos musicais". "Ser musical é algo muito especial, reconhecido mesmo em famílias sem treinamento especial, quando o pai e a mãe podem dizer que uma criança é muito musical, [é] porque ela pode imediatamente pegar uma melodia e cantá-la, enquanto outras crianças não conseguem. Ou quando ela pega um instrumento em sua mão e faz algo significativo com ele, de modo que [ele] começa a soar [...]. [Isso só mostra que] certas pessoas simplesmente respondem a sons muito melhor que outras". (Stockhausen, p.39, 2009) Apesar das pré-disposições, a familiaridade com a música pode ser desenvolvida. A musicalidade é algo que pode ser facilmente desenvolvida caso se tenha interesse. Som e o silêncio É interessante a maneira a qual Stockhausen fala sobre a oposição som e silêncio. No começo do ensino de música ou na educação musical, esse é um dos primeiros passos para entender do que a música é feita. A combinação entre sons e silêncios é algo bastante interessante quando passados a observar a evolução das pessoas em processo de aprendizado musical. Esta é uma discussão sobre os ingredientes que fundamentam a música. "Silêncio é o resultado do conceito de duração: lidar com durações significa quebrar o fluxo do tempo, e isso produz silêncio". (Stockhausen, p.23, 2009) Nessa afirmação, Stockhausen aponta a quebra da fluição do tempo. Esta é uma explicação clara, que podemos direcionar a teoria musical, de como se dá o silêncio. Mostramos aqui o quão importante para a música o silêncio pode ser. Onde encontrar esse livroAqui trouxemos as frases que destacamos nas postagens que irão ao ar nesse mês de novembro. Retiramos reflexões sobre processos do aprendizado musical através de afirmações complexas de Stockhausen. Claramente, muitos outros conceitos e reflexões foram deixados de lado por não serem tão simples e necessitarem de maior conhecimento dos estudos desse compositor. Apesar disso, ao trazer este livro, também temos como intenção despertar, ainda que de forma indireta, o conhecimento ou o interesse de quem não tenha contato com as questões e reflexões disponíveis neste livro. Encontrar este livro não é uma tarefa difícil, bastante difundido no meio musical, qualquer livraria online é possível encontrá-lo. ReferênciasMACONIE, Robin. STOCKHAUSEN, Karlheinz. Stockhausen sobre a música: palestras e entrevistas compiladas por Robin Maconie . São Paulo: Madras Editora LTDA, 2009.
Stockhausen https://pt.wikipedia.org/wiki/Karlheinz_Stockhausen Música eletroacústica http://www.numut.iarte.ufu.br/node/73 Movimento Fluxus https://pt.wikipedia.org/wiki/Fluxus John Cage https://pt.wikipedia.org/wiki/John_Cage Música aleatória https://knoow.net/arteseletras/musica/musica-aleatoria/ Pierre Boulez https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$pierre-boulez Olivier Messiaen https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$olivier-messiaen Edgar Varèse http://www.casadamusica.com/pt/artistas-e-obras/compositores/v/varese-edgar/?lang=pt# Ìanis Xenakis https://en-m-wikipedia-org.translate.goog/wiki/Iannis_Xenakis?_x_tr_sl=en&_x_tr_tl=pt&_x_tr_hl=pt-BR&_x_tr_pto=sc Surrealismo https://www.todamateria.com.br/surrealismo/ Dadaísmo https://www.todamateria.com.br/dadaismo/#:~:text=O%20Dada%C3%ADsmo%2C%20ou%20simplesmente%20%E2%80%9CDad%C3%A1,anti%2Dracionalista%20e%20de%20protesto. Este texto é parte do roteiro que foi feito para aprofundar as recomendações dadas por Mark Levine. No entanto, antes de chegar no vídeo, a ideia foi para o Instagram quando publicamos a tradução de trechos de suas recomendações. Sob o título de "12 conselhos para um estudante de música" montamos numa postagem os pontos mais interessantes. O que chamamos de conselhos foram tópicos publicados por Mark Levine em seu livro "The jazz theory book" em seu capítulo 12. Com aproveitamento máximo de suas ideias, levamos as discussões direcionadas também para quem não é improvisador e se encontra fora do universo do jazz. Por considerar as reflexões de Levine muito interessantes para nós, mantivemos nas indicações esta mesma divisão somadas a comentários. Numa tradução nossa, disponibilizamos trechos dessas recomendações e aqui apontamos nosso ponto de vista. Além disso, ilustramos a razão de tal uso para estudantes e instrumentistas em geral fora da música improvisada. "Pratique, pratique, pratique" Quando chegamos ao capítulo em si, chama a atenção seu título que já pode ser considerado um conselho bastante importante: "Pratique, pratique, pratique". Como sinônimos podemos usar as ações "Estude, estude, estude" ou "Treine, treine, treine". Depende da maneira que você enxerga o tempo que dedica ao seu instrumento ou voz. O termo "praticar" recai sobre o pensamento de que vemos nosso instrumento e o ato de tocar - ou a voz e o ato de cantar - enquanto uma coisa comum ao nosso cotidiano. O termo "Estudar" recai sobre o pensamento de quando consideramos a música e seu aprendizado como algo similar à imersão em um novo idioma. Equivale à visão de tratar a música como mais uma linguagem para se aprender ou aperfeiçoar. Esse é, inclusive, o pensamento de diversos estudiosos da musicologia. O termo "treinar" equivale ao pensamento de quem enxerga a música como algo que possui um lado profissionalizante. Equiparada ao empenho despendido por um atleta, a profissionalização da música pode exigir muito de seu tempo físico e mental exigindo horas de dedicação teórica e prática. A primeira coisa que Levine aponta está numa nota introdutória do capítulo que enfatiza o trabalho árduo para os que seriam considerados os melhores resultados. Aqui, Levine enxerga o músico como um maratonista sempre preocupado em entregar o seu melhor no palco. Por isso, começa sua indicação com um conselho bastante prático. "Faça música ao praticar"Este é um conselho bastante interessante para os momentos que dedicamos ao estudo técnico do nosso instrumento ou voz. Uma dificuldade encontrada nesse ponto dos estudos musicais, exercícios técnicos, as vezes mecânicos ou de base podem ser uma dificuldade geral. Isso ocorre por conta da falta de contextos desses pontos técnicos. Escalas, harpejos, condução harmônica, exercícios de arco, de velocidade, etc., são alguns deles. Pensar em música nesses momentos muda a maneira que os resultados são alcançados. "Toque tudo em todos os tons"Quando Levine diz "toque tudo em todos os tons" ele nos direciona para um pensamento improvisacional e a maneira como a improvisação acontece. Um conjunto de coisas, o improviso é um pensamento que acontece no tempo, mas que reúne o que podemos chamar de "materiais" como escalas, sequências melódicas e harmônicas combinadas. Nada no improviso acontece por acaso. No entanto, quando direcionamos este conselho para quem está fora desse universo, podemos usá-lo no âmbito da transposição. É interessante pensar a respeito, pois isso faz com que coloquemos em prática no nosso instrumento ou voz aspectos da teoria musical. Devemos conhecer a sonoridade das escalas, modos, entre outros sistemas de notas. Isso tornará nosso raciocínio mais rápido e eficaz. "Pratique suas dificuldades"Caso você tenha pouco tempo para estudar, focar nas suas dificuldades ou em pontos que você sabe que não fluem bem, fará com que você possa fazer um melhor aproveitamento do seu tempo. Em outra instância, para otimizar seus estudos independente do tempo que você disponibiliza, seus estudos serão mais direcionados e você poderá render mais e num menor período de tempo. "A velocidade vem da precisão"Entenda o que você precisa fazer em velocidade reduzida e depois chegue aos poucos ao tempo desejado. Assim, a velocidade chegará com mais precisão. Mark Levine defende que você deve pensar na precisão primeiro e na velocidade depois! "Pequenas ideias musicais e padrões"Um conselho pensado para quem improvisa, aqui temos claramente o ponto de partida para entender a improvisação. Ainda mais porque a improvisação parte de materiais específicos. Ao contrário do que se imagina, a improvisação não é algo instintivo, mas sim algo que se desenvolve com muita prática. É como diz o Chapolin: "São movimentos friamente calculados". Materiais como escalas, modos, licks (pequenas ideias melódicas), além de complexas combinações harmônicas, são alguns dos elementos usados na improvisação do jazz. Na improvisação e no jazz, esses elementos são usados para criação de novas ideias. Essa segunda parte do conselho pode também ser usada para a memorização. Fazer uso de pequenas ideias harmônicas ou melódicas como conexões, pode ser um bom truque para quando se precisa memorizar peças ou músicas mais longas. Devemos também considerar que ao tocar conduzimos nossa memória muscular e da organização dos dedilhados percorrendo o instrumento, ainda que Mark Levine recomende não usá-los exclusivamente. Devemos enxergar o ato de tocar como algo já internalizado e colaborativo para o desenvolvimento da memória. "Transcreva"A transcrição pode ser uma aliada dos seus estudos. Escrever melodias, harmonias ou os dois, para o seu instrumento ou voz, é mais um trunfo para poder enriquecer sua técnica. Então essa é uma maneira de usar discos, vídeos e gravações como material complementar. Entendendo a importância desse aspecto para o aperfeiçoamento dos estudos musicais e da performance, temos playlists no nosso Canal do youtube e sugestões de livros, discos e filmes e séries disponíveis nos nossos canais de comunicação. "Gravações de acompanhamento"Interessante recurso para interpretar aquela música que a gente está estudando, é comum encontrar gravações play-along. Esse tipo de recurso pode ser parte do estudo da performance em geral, mas também de aspectos específicos como tempo, entrada do tema principal, etc. Deve-se acostumar a ter, mesmo que de forma fictícia, a interação com outros instrumentos musicais. Música se faz em grupo, mesmo diante das trocas entre melodia, harmonia e ritmo. "Toque junto com as gravações reais"Encontre gravações de instrumentistas, cantores, grupos ou artistas e toque junto com elas. Isso trará um entendimento novo para a música que você está tocando ou cantando. O que Mark Levine chama de "gravações reais" escolhemos chamar de "gravações originais". É Possível encontrar diversas versões de uma mesma música ou repertório. Verifique se a música que você está estudando está no mesmo tom que a gravação original, caso contrário, isso não funcionará. Ou você pode buscar prováveis gravações no mesmo tom que você está estudando. "Tenha um caderno de anotações"Ter um caderno de anotações é uma ideia que já trouxemos aqui. Anote ideias de músicas que você deseja aprender e pontos que você precisa melhorar, por exemplo. Talvez ter mais de um caderno de anotações pode ser interessante. Um caderno para anotar as instruções de seu professor ou professora em aula, um caderno pequeno para anotar ideias avulsas e um caderno pautado para aulas de teoria musical. "Relaxe"Conheça seu corpo e fique atento às eventuais tensões. Lembre-se de respirar e sorrir. Aspectos emocionais como timidez, falta de costume com público e palco podem ser responsáveis por tensões que atrapalham a performance. Converse com seu professor ou professora caso você sinta algum incômodo incomum ao tocar ou cantar. "Cultive o seu entorno"Procure shows e bares que possuam performances de artistas locais ou de artistas famosos que você admira. Na sua cidade você pode aprender muito assistindo a performance de outros artistas. Além disso, não deixe de apreciar os trabalhos de colegas que estudam com você ou músicos e musicistas que você conhece. "Forma"Entenda e desenvolva consciência do papel que você, seu instrumento ou voz, faz durante a performance musical. Como você participa da construção de uma música? Reflita e tente se entender com as funções de cada instrumentista ou cantor no contexto musical. Isso pode mudar a percepção que você tem das coisas. Para entender um pouco sobre isso, acesse nossas publicações no Instagram: @portal_caminhosdosom. [Não] "Bata o pé"Mark Levine aprova a ideia de bater o pé. No entanto, nós discordamos desse movimento. Independente de concordar ou discordar, muita gente faz isso. Em muitas ocasiões, bater o pé pode atrapalhar, pois temos um movimento extra desnecessário. Preferimos dizer que você deve tocar com o corpo todo, de forma relaxada, sem precisar ocupar os pés com movimentos desnecessários. Não bata o pé, mas mantenha-se em movimentos naturais e relaxados na performance. Aproveite e veja nosso vídeo sobre isso no nosso Canal do Youtube! Um resumo...Um resumo reúne os tópicos mencionados neste texto. Os principais conselhos de Mark Levine foram transformados em lições que podemos levar para a nossa vida musical. Trechos dos tópicos traduzidos foram disponibilizados ao longo deste post. Os comentários são adicionados depois de cada trecho. O último tópico, por não concordarmos, não disponibilizamos a tradução do texto de Mark Levine. Apenas colocamos trechos daquilo que concordamos em mencionar. Referencias12 Conselhos para os estudantes de música. https://www.instagram.com/p/CiAxeJEq5Li/
Mark Levine. https://en.wikipedia.org/wiki/Mark_Levine_(musician) Mark Levine a versatile artist and influential teacher in jazz and Latin music, is dead at 83. www.wbgo.org/music. Publicado em 31/01/2022. LEVINE, Mark. The Jazz Theory Book. U.S.A.: Editora Sher Music Co. 1995 |
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