Nos tempos atuais, encontramos a informação sendo difundida cada vez mais rapidamente. Entendendo a importância dessa reflexão trouxemos uma discussão que se aprofunda na forma como os meios de ouvir e gravar música tornaram-se cada vez mais abstratos e complexos. Ao mesmo tempo, vemos o reavivamente de um meio de gravação e difusão musical específico. Essa reflexão chegou primeiro em 2023 em uma de nossas postagens no instagram. Passando, recentemente, pelo nosso canal do youtube, com insritação nessa mesma postagem, foram trazidos os vários tipos de aparelhos de som e áudio a que tivemos acesso através da história. Aqui, com intuito de aprofundar a discussão traremos aspectos dessa evolução. Rápidas e diversas transformaçõesA busca pela captação de áudio começa ainda no final do século XIX, mas a explosão do fonógrafo acontece no século XX. Como o primeiro meio de reprodução do som, assim que esta invenção foi patenteada, passou a ser vendida pelo mundo como um elemento que viria a se tornar essencial na vida das pessoas. A cada surgimento dessa categoria, aparelhos evoluídos à partir do fonógrafo passariam a ter esse mesmo significado. Foi assim com o Gramofone e, posteriormente, com outros toca-discos mais avançados, evolução desses dois aparelhos já mencionados. De volta ao gramofone, vemos o surgimento dos discos 78 rotações (ou rpm) e toda uma cadeia de produtos. Músicos, instrumentistas e organizações como orquestras, em maioria ligadas ao rádio, que viriam a existir à partir dos anos 1940, aderiram a estes recursos para difusão de programas de rádio e seus artistas. Nesse meio, os LP's se tornam febre e a possibiidade de compra e venda se torna um verdadeiro sucesso. A fita magnética e outras ideias para difusão musical portátilApesar do grande sucesso do vinil e dos toca-discos, surgiu um meio de reprodução de música e áudio bastante bem-sucedido, a Fita K7. Esse meio, bastante popular nos anos 1980 e 1990 passou a fazer sucesso pela sua facilidade e disposição ao ser em proporções menores que um vinil, mostrando-se extremamente prático. Além disso, destacou-se por seu custo-benefício. Vários artistas da grande mídia, bem como os demais, colocados à margem, passaram a conseguir gravar seus trabalhos. Esse interessante fenômeno mantém a existência da fita K7 em paralelo ao vinil concorrendo ou coexistindo no mercado musical e em outras instâncias de áudio. Uma coisa que se pode lembrar é que, inicialmente, depois do gramofone, aparelho possível somente para pessoas das camadas mais abastadas da sociedade, o rádio passou a ser o veículo mais popular de entretenimento. Música, rádio-novelas e notícias eram geradas para o grande público somente pelo rádio. A partir disso, surgem aparelhos de som, como se dizia naqueles tempos, com toca-discos e toca-fitas embutidos. Neste aparelho, para que quem adquirisse a modalidade mais moderna, era possivel ouvir seus vinis e fitas k7 em paralelo à programação disponível no rádio. Nesse caso, já estamos falando dos anos 1978 em diante.
Apesar dessa incrível opção para se ouvir música, ainda vimos a circulação bastante forte do vinil no mercado em geral. Essa febre arrefeceu posteriormente com a invenção de outro tipo de mídia que deixou em baixa os LP's e as fistas K7. Um híbrido dos meios de reprodução de áudioPosteriormente à fita K7, reduziu-se ainda mais o tamanho e a velocidade da difusão de música e a forma de ouví-la. Chega ao mercado os CD's que eram mais leves e possuíam mais espaço de armazenamento de dados que um LP e uma fita K7. Com uma tecnilogia baseada no MP3, rapidamente passou-se a encontrar versões de discos de vinil reduzidas em CD's. Foi desenvolvida a remasterização e a propagação de uma mídia que custaria menos. Todas as lojas que antes trabalhavam com fitas K7 e LP's, passaram a ter também a sua seção de CD's. Com o tempo, os artistas passaram a não mais gravar em formato K7 e passaram a gravar somente em CD que possuia um grande e longo alcance. A partir disso, da mesma forma que os aparelhos de som possuíam adaptações para os novos meios de difusão que surgiram, logo o CD foi incorporado. Assim, passaram a fabricar esses aparelhos que possuíam ao mesmo tempo um toca-fitas, atrelado à um toca disco na parte superior. Em seu auge, um compartimento para tocar CD era adicionado e, em outras ocasiões, era possível tocar até mais de um. Curiosamente, nesse caso, não se trata de uma redução, mas de uma ampliação. Cada aparelho desenvolvido para acoplar os três meios de reprodução era desenvolvido em tamanho cada vez maior. Tratado como máquina possante para que o grande público pudesse fazer parte da experiência de possuir as múltiplas maneiras de se ouvir música e não precisar perder todos os discos, fitas e CD's que possuíam em casa. Talvez se tratasse de um aparelho que se mostrava presente como registro e transformação da tecnologia naqueles tempos. Era os primeiros anos dos anos 2000. Mais um portátilEm contrapartida, temos a criação do discman como o auge da tecnologia. Um aparelho com a mesma ideia da música portátil, como o walkman, era o próximo passo para quem quisesse estar descolado entre os colegas possuindo o aparelho mais recente para se ouvir música em qualquer lugar. Feito para se tocar somente CD's, este aparelho trouxe o declínio final das fitas K7 e o quase desaparecimento dos LP's. Foi interessante ver seu desenvolvimento. Como tudo que surge de forma recente, começou com preços exorbitantes para o grande público até se popularizar de vez e passar a ter baixo custo. No entanto, apesar de seu sucesso, os CD's passaram também pela decadência a qual o K7 passou. Encontramos aqueles que ainda se deixaram levar pela febre porque muitos artistas lançaram CD's duplos com faixas-bônus e encartes artísticos, mas acaba que esta moda também passou com a chegada de uma nova forma de ouvir e armazenar música, bem mais abstrata. MP3, Ipod's e o armazenamento infinito de dadosA chegada o MP3 já apareceu no advento dos CD's. Este formato já existia no momento em que CD's passaram a ser usados para armazenar todo tipo de áudio e dados em geral. A grande transformação encontrava-se no fato de que não era mais necessário aparelhos ou dispositivos para armazenar música. Junto com a informática, a tecnologia de áudio foi fortemente ligada às novas formas de mídia. Foi inventado o aparelho de MP3 em que a música já poderia ser armazenada em seu interior sem a necessidade de nenhum dispisitivo adicional. Com sua forma que cabia na palma da mão, o MP3 passou a ser um dispositivo usado exclusivamente para ouvir música. Sua existência não durou muito tempo. O MP3 como dado de áudio, logo se tornou regra para armazenamento de dados em áudio de toda qualidade fazendo parte de programas de computador e aplicativos de celular posteriormente. Dessa forma, não foi mais necessário um aparelho exclusivo para áudio se o MP3 tornou-se regra desse formato. Daí em diante, ficou cada vez mais simples o armazenamento e a difusão da música colocando um mar de estilos a disposição de todos. Música online e o streamingCom o tempo, vendo que o formato dominaria os arquivos de mídia, surge a criação de plataformas responsáveis pela música online. Seja de forma independente, seja de forma patrocinada com o alto investimento das grandes gravadoras que continuaram a existir sobre a hegemonia da música massiva, toda a música passou a ser encontrada online pela internet a fora. De certo modo, a música num mar abstrado de informação, porque isso inclui vídeo, foto e texto divulgado de variadas formas, se tornou mais um elemento informativo e detentor de identidades e formas de dizer. Os meios citados até aqui, o LP, a Fita K7 e o CD com seus respectivos aparelhos portáteis, ficaram como símbolos víntage de uma outra época. A geração que nasceu no fim primeira da década dos anos 2000 passou a ter contato com esses dispositivos somente através de suas relações com os entes próximos ou por interesse espontâneo. A internet tomou conta da forma como recebemos informação e ouvimos música. A febre do vinilApesar de toda a tecnologia desenvolvida ao redor de formas cada vez mais abstratas de ouvir música, seu mercado parece ter se atentado ao fato de que o vinil continua em voga. Lojas de departamento possuem entre seus produtos de catálogo as antigas vitrolas desenvolidas nos anos 1940 e 1950 com layout moderno. Incrivelmente, atrelado ao gosto pela sonoridade analógica, há quem diga que a qualidade de áudio de um vinil é superior ao de um MP3. Através desse e outros argumentos ainda existem lojas físicas (em grandes cidades) e online especializadas em LP's. A classe intelectual e artística possui sua parcela de incentivo na longevidade do vinil. Além disso, comparativamente, também podemos contar com a qualidade e cuidado com as informações que eram divulgadas nas capas desses discos. Com o aparecimento do CD tivemos uma espécie de declínio (talvez por razões econômicas ou tendência), em que os CD's só vinham com as fotos do artistas, as letras das músicas (para o caso música vocal) e a ficha técnica. Os LP's possuíam textos e escritores, estudiosos, poetas, fotos inéditas e até textos complementares que tornaram-se verdadeiras relíquias em tempos de raridade nesse aspecto. Ainda que estejamos 20 anos a frende do século XXI, o vinil continua forte. Talvez possamos vê-lo completando seus 100 anos de existência. A febre do vinil se mantém e o mercado de divulgação musical o alimenta. Alguns artistas, mais apegados até produziram versões de luxo de seus trabalhos mais recentes, fazendo com que um LP se torne um ítem de colecionador. Sigamos assistindo a longevidade dos LP's. ReferênciasLou Ottens, a história da fita K7 e a volta do Cassete. Link: https://medium.com/helloband/lou-ottens-a-hist%C3%B3ria-da-fita-k7-e-a-volta-do-cassete-a542fe522832
Fita Cassete. Link: https://pt.wikipedia.org/wiki/Fita_cassete Como ouvimos música ao longo da história. Link: https://www.instagram.com/p/CtkMgriIznj/?hl=pt-br&img_index=1 A evoluão dos aparelhos de som e áudio. Link: https://youtu.be/3qZMXiango4 A evolução dos aparelhos de som e áudio: Resumo. Link: https://www.instagram.com/p/C2a21WPBRCI/?hl=pt-br
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